Apple surpreende e fatura US$ 64 bilhões, mais que o esperado no 3° trim.
Setor de serviços, uma das promessas da Apple, registrou melhor trimestre, com faturamento de 14,5 bilhões de dólares
Thiago Lavado
Publicado em 29 de outubro de 2020 às 17h48.
Última atualização em 29 de outubro de 2020 às 18h55.
A Apple divulgou nesta quinta-feira, 29, os resultados do terceiro trimestre de 2020, o último do ano fiscal da empresa. Mesmo com o atraso no lançamento dos novos iPhone 12, o principal produto da companhia e que não teve vendas no três meses encerrados em setembro, o resultado ficou acima do mesmo período do ano passado e do que era esperado por analistas.
O faturamento no terceiro trimestre foi de 64,7 bilhões de dólares, a empresa divulgou lucro de 12,6 bilhões de dólares (0,73 centavo de dólar por ação). As ações da empresa reduziram a alta que acumularam durante o dia nas negociações pós-mercado e subiam 3,71% até o fechamento deste texto. Os papéis da empresa acumulam alta de mais de 55% em 2020.
O lucro da empresa teve um freio em relação a 2019, quando foi de 13,6 bilhões de dólares, mas, ainda assim, veio acima do que era esperado por analistas de Wall Street.
De acordo com a Apple, o faturamento foi o recorde para o trimestre encerrado em setembro. O atraso no lançamento do iPhone 12 impactou as vendas de smartphones, mas o resultado foi compensado pelo segmento de serviços e pelo segmento de laptops — ambos atingiram recorde de faturamento. As vendas internacionais, fora dos Estados Unidos, foram responsáveis por 59% do faturamento total da empresa para o período.
O segmento de serviços, que inclui as vendas da Apple TV+, serviços em nuvem e loja de aplicativos teve alta de 16,2% ante 2019 e receita total de 14,5 bilhões de dólares. Em todo o ano fiscal, a divisão acumula faturamento de 53,7 bilhões de dólares e já é responsável por 22% da receita da Apple.
Investidores seguem animados com as perspectivas das ações da Apple. Isso porque o lançamento do novo iPhone 12 pode sinalizar um período de grandes vendas para a empresa, com usuários prontos para fazer a troca de smartphone.
De acordo com dados da consultoria Wedbush Securities, obtidos pelo portal Business Insider, há cerca de 350 milhões de iPhones prontos para ser trocados por modelos novos. O dado pode indicar um dos maiores superciclos de venda do iPhone dos últimos anos. O último pico do smartphone foi há três anos, quando a empresa vendeu 77 milhões de unidades do aparelho no quarto trimestre de 2017.
Analistas estimam que 30% dos iPhones em circulação têm três anos ou mais de uso. Geralmente, este é o momento em que uma troca por um modelo mais novo acontece.