Apple publica relatório sobre pedidos de informações
Solicitações de dados privados de seus usuários foram feitas por dezenas de governos de todo o mundo durante o primeiro semestre de 2013
Da Redação
Publicado em 6 de novembro de 2013 às 05h42.
Los Angeles - A Apple publicou nesta terça-feira um relatório de transparência para esclarecer os pedidos de informações privadas de seus usuários feitos por dezenas de governos de todo o mundo durante o primeiro semestre de 2013.
Trata-se de um documento estatístico similar a outros apresentados já nos últimos meses por empresas do setor como Facebook e Yahoo!, que pretendem esclarecer o grau de colaboração prestado às autoridades quando estas solicitam informação confidencial sobre seus clientes.
Esta iniciativa responde, de forma sutil e em função das limitações impostas pela lei nos EUA, à situação comprometedora na qual ficaram as companhias do Vale do Silício depois que os vazamentos feitos pelo ex-técnico da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA), Edward Snowden, colocaram em xeque a integridade das mesmas.
"Neste momento, o governo dos EUA não permite que a Apple torne público, exceto em uma ampla categoria, o número de pedidos de segurança nacional, o número de contas afetadas e o conteúdo revelado", disse a Apple.
As autoridades americanas foram as que mais solicitaram a Apple informações de clientes entre janeiro e junho, entre mil e 2 mil, que afetaram entre 2 mil e 3 mil contas de usuários.
Não se revelou quantos pedidos tiveram resposta positiva por parte da Apple nos EUA, um número que foi divulgado para os outros 30 países presentes nessa lista.
O Reino Unido foi é o segundo país que mais pedidos fez, seguido pela Espanha.
O Brasil é o único país latino-americano da lista, com 8 solicitações sobre 8 contas de usuários, apesar de a Apple ter rejeitado todas elas.
"Só uma pequena fração dos pedidos que a Apple recebe buscam informações pessoais relativa ao iTunes, iCloud e a conta do centro de jogos", disse a empresa, que também assinalou que as autoridades querem informações que vão desde o conteúdo de e-mails e fotografias até a identificação do usuário.
A maior parte das vezes, as solicitações das autoridades giram em torno de aparelhos de clientes que foram perdidos ou roubados e muitas vezes são avalizados pelo próprio cliente que recorreu à polícia.
A Apple publicou também outra lista de mais de 40 países na qual recolhe esse tipo de incidências e que é liderada por EUA, Alemanha e Cingapura com 3.542, 2.156 e 1.498 solicitações, respectivamente.
No Brasil foram feitas 34 solicitações, das quais 5 corresponderam a cargas de dispositivos que foram roubadas, por isso que o número de aparelhos foi bastante alto, 5.057, a maior depois dos EUA.
A Apple também notificou que fez um pedido à Corte do Serviço de Inteligência dos EUA (Fisa, sigla em inglês) para que se autorize a divulgação de mais informações sobre os pedidos governamentais e que deve fazer o mesmo em tribunais federais antes do fim do ano.
Los Angeles - A Apple publicou nesta terça-feira um relatório de transparência para esclarecer os pedidos de informações privadas de seus usuários feitos por dezenas de governos de todo o mundo durante o primeiro semestre de 2013.
Trata-se de um documento estatístico similar a outros apresentados já nos últimos meses por empresas do setor como Facebook e Yahoo!, que pretendem esclarecer o grau de colaboração prestado às autoridades quando estas solicitam informação confidencial sobre seus clientes.
Esta iniciativa responde, de forma sutil e em função das limitações impostas pela lei nos EUA, à situação comprometedora na qual ficaram as companhias do Vale do Silício depois que os vazamentos feitos pelo ex-técnico da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA), Edward Snowden, colocaram em xeque a integridade das mesmas.
"Neste momento, o governo dos EUA não permite que a Apple torne público, exceto em uma ampla categoria, o número de pedidos de segurança nacional, o número de contas afetadas e o conteúdo revelado", disse a Apple.
As autoridades americanas foram as que mais solicitaram a Apple informações de clientes entre janeiro e junho, entre mil e 2 mil, que afetaram entre 2 mil e 3 mil contas de usuários.
Não se revelou quantos pedidos tiveram resposta positiva por parte da Apple nos EUA, um número que foi divulgado para os outros 30 países presentes nessa lista.
O Reino Unido foi é o segundo país que mais pedidos fez, seguido pela Espanha.
O Brasil é o único país latino-americano da lista, com 8 solicitações sobre 8 contas de usuários, apesar de a Apple ter rejeitado todas elas.
"Só uma pequena fração dos pedidos que a Apple recebe buscam informações pessoais relativa ao iTunes, iCloud e a conta do centro de jogos", disse a empresa, que também assinalou que as autoridades querem informações que vão desde o conteúdo de e-mails e fotografias até a identificação do usuário.
A maior parte das vezes, as solicitações das autoridades giram em torno de aparelhos de clientes que foram perdidos ou roubados e muitas vezes são avalizados pelo próprio cliente que recorreu à polícia.
A Apple publicou também outra lista de mais de 40 países na qual recolhe esse tipo de incidências e que é liderada por EUA, Alemanha e Cingapura com 3.542, 2.156 e 1.498 solicitações, respectivamente.
No Brasil foram feitas 34 solicitações, das quais 5 corresponderam a cargas de dispositivos que foram roubadas, por isso que o número de aparelhos foi bastante alto, 5.057, a maior depois dos EUA.
A Apple também notificou que fez um pedido à Corte do Serviço de Inteligência dos EUA (Fisa, sigla em inglês) para que se autorize a divulgação de mais informações sobre os pedidos governamentais e que deve fazer o mesmo em tribunais federais antes do fim do ano.