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Apple prevê crescimento impulsionado por IA apesar do mercado chinês

Novo trimestre da Apple traz sinais positivos com o lançamento de recursos de inteligência artificial, enquanto as vendas na China continuam em queda

Com o lançamento dos novos recursos de inteligência artificial e a chegada de novos dispositivos no outono, a Apple espera que os consumidores tenham motivos para fazer a atualização, de acordo com o CEO Tim Cook (Justin Sullivan/Getty Images)

Com o lançamento dos novos recursos de inteligência artificial e a chegada de novos dispositivos no outono, a Apple espera que os consumidores tenham motivos para fazer a atualização, de acordo com o CEO Tim Cook (Justin Sullivan/Getty Images)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 2 de agosto de 2024 às 06h36.

Última atualização em 2 de agosto de 2024 às 08h36.

A Apple reportou um crescimento de 5% na receita durante o terceiro trimestre fiscal, superando as expectativas dos analistas. Apesar do desempenho positivo, a empresa enfrentou desafios no mercado chinês, onde as vendas caíram 6,5%. Com o lançamento iminente de novos recursos de inteligência artificial, a Apple busca aumentar a demanda por seus dispositivos e preparar o terreno para o próximo iPhone, previsto para o outono do hemisfério norte. As informações são da Bloomberg.

As vendas subiram 5% para US$ 85,8 bilhões (R$ 494 bilhões) no terceiro trimestre fiscal, encerrado em 29 de junho. Analistas previam uma receita média de US$ 84,5 bilhões (R$ 486 bilhões). O desempenho positivo foi impulsionado por atualizações nos iPads e um forte crescimento nos serviços, compensando a desaceleração nas vendas na China, onde as receitas caíram 6,5%, totalizando US$ 14,7 bilhões (R$ 84,5 bilhões), abaixo das previsões de US$ 15,3 bilhões (R$ 88 bilhões).

Esse resultado traz um novo impulso para a Apple antes do lançamento do próximo iPhone em setembro. A empresa está apostando em uma nova gama de recursos de inteligência artificial — denominada Apple Intelligence — para estimular a demanda por seus dispositivos mais recentes. Os recursos de IA, revelados na conferência de desenvolvedores em junho, serão integrados ao iPhone, iPad e Mac, mas a expectativa é que só estejam disponíveis para os consumidores em outubro. A empresa ainda não detalhou como pretende gerar receita com esses novos recursos, além de aumentar a demanda por dispositivos compatíveis.

No trimestre, a Apple registrou um lucro de US$ 1,40 por ação (R$ 8,05), superando a estimativa dos analistas de US$ 1,35 (R$ 7,77). Tradicionalmente, o terceiro trimestre é um dos mais fracos da empresa, devido à espera dos consumidores pelo lançamento do próximo iPhone no outono. Embora as vendas do iPhone tenham caído ligeiramente em comparação com o ano anterior, totalizando US$ 39,3 bilhões (R$ 226 bilhões), o valor superou as expectativas de Wall Street.

Vendas de iPad cresceram

Outro destaque do trimestre foi o desempenho da linha de iPads, que registrou um crescimento de 24% na receita, atingindo US$ 7,16 bilhões (R$ 42 bilhões). Isso foi impulsionado pelo lançamento de novos modelos em maio, incluindo um iPad Pro mais caro com chip M4 e uma versão mais rápida do iPad Air com uma opção de tela maior. A expectativa é que a Apple continue a lançar versões atualizadas de seus iPads de entrada e iPad mini, o que pode estimular mais atualizações quando esses dispositivos forem lançados nos próximos meses.

Apesar das expectativas positivas, o mercado chinês permanece um desafio para a Apple. As vendas na China, uma região crucial para a empresa, ficaram abaixo do esperado, o que pode indicar dificuldades contínuas no mercado de smartphones, especialmente à medida que a competição com fabricantes locais se intensifica.

Com o lançamento dos novos recursos de inteligência artificial e a chegada de novos dispositivos no outono, a Apple espera que os consumidores tenham motivos para fazer a atualização, de acordo com o CEO Tim Cook. A empresa continua a investir significativamente em inovações para enriquecer a experiência de seus clientes, preparando-se para um final de ano decisivo com o lançamento do novo iPhone e a implementação do Apple Intelligence.

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