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Apple "não se importava" com preço de e-books, diz executivo

Um executivo da Apple no centro de um processo antitruste por parte do governo dos EUA diz que a empresa "não se importava" com os preços estipulados para e-books

A Apple é o único réu remanescente em uma ação judicial em que é acusada de trabalhar com cinco grandes editoras norte-americanas para fixar preços dos e-books  (REUTERS/David Gray/Files)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 23h46.

Nova York- Um executivo da Apple no centro de um processo antitruste por parte do governo dos EUA disse na quinta-feira que a empresa "não se importava" com os preços estipulados pelos editores para e-books.

Eddy Cue disse que não ficou surpreso quando os editores aumentaram os preços para títulos novos e best-sellers depois que a Apple entrou no mercado de e-books em 2010, mas ele contesta que a Apple tenha provocado uma alta nos preços de toda a indústria.

"Eu não aumentei os preços", ele testemunhou em tribunal federal.

A Apple é o único réu remanescente em uma ação judicial em que é acusada de trabalhar com cinco grandes editoras norte-americanas para fixar preços dos e-books e desfazer o controle do mercado da Amazon.com. Todas as editoras fizeram acordos com o governo dos EUA.

Cue, um veterano de 24 anos de Apple, foi o principal negociador com os principais editores EUA em dezembro de 2009 e janeiro de 2010, antes de a Apple lançar sua iBookstore e, de acordo com um advogado do Departamento de Justiça, teria sido o "líder-chefe" da suposta conspiração.

Durante o processo de quinta-feira, Cue, 48, disse que sentiu a pressão "tremenda" para chegar a um acordo com as editoras rapidamente após o ex-CEO Steve Jobs ter dado aprovação no final de 2009 para desenvolver uma iBookstore para o iPad, então sob sigilo.

Cue testemunhou que inicialmente a Apple pretendia adotar um modelo de atacado, como a Amazon, comprando títulos dos editores e, em seguida, formando os preços.

Mas depois de falar com as editoras, a Apple foi para o chamado modelo de agência, em que os editores definem o preço e a Apple recebe uma comissão de 30 por cento sobre as vendas.

As editoras posteriormente pressionaram a Amazon a também adotar o modelo de agência. O governo acredita que a Apple tenha incentivado esta mudança por meio de uma cláusula de contrato que lhe permitiria reduzir preços em sua livraria se outros varejistas vendessem e-books mais baratos.


O movimento fez os preços para livros novos e best-sellers subirem, defende o governo. A mudança da Amazon para o modelo de agência também contribuiu para a queda da sua participação no mercado de e-books para 45 por cento em 2012, disse o Morgan Stanley em um relatório de fevereiro.

Mas Cue disse que a Apple não estava tentando tirar seu rival da sua abordagem por atacado, e que a cláusula de paridade de preços foi destinada apenas a garantir que sua empresa pudesse competir com outros varejistas. A Apple era indiferente se outros varejistas vendiam livros em um modelo de atacado ou agência, disse ele.

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Nova York- Um executivo da Apple no centro de um processo antitruste por parte do governo dos EUA disse na quinta-feira que a empresa "não se importava" com os preços estipulados pelos editores para e-books.

Eddy Cue disse que não ficou surpreso quando os editores aumentaram os preços para títulos novos e best-sellers depois que a Apple entrou no mercado de e-books em 2010, mas ele contesta que a Apple tenha provocado uma alta nos preços de toda a indústria.

"Eu não aumentei os preços", ele testemunhou em tribunal federal.

A Apple é o único réu remanescente em uma ação judicial em que é acusada de trabalhar com cinco grandes editoras norte-americanas para fixar preços dos e-books e desfazer o controle do mercado da Amazon.com. Todas as editoras fizeram acordos com o governo dos EUA.

Cue, um veterano de 24 anos de Apple, foi o principal negociador com os principais editores EUA em dezembro de 2009 e janeiro de 2010, antes de a Apple lançar sua iBookstore e, de acordo com um advogado do Departamento de Justiça, teria sido o "líder-chefe" da suposta conspiração.

Durante o processo de quinta-feira, Cue, 48, disse que sentiu a pressão "tremenda" para chegar a um acordo com as editoras rapidamente após o ex-CEO Steve Jobs ter dado aprovação no final de 2009 para desenvolver uma iBookstore para o iPad, então sob sigilo.

Cue testemunhou que inicialmente a Apple pretendia adotar um modelo de atacado, como a Amazon, comprando títulos dos editores e, em seguida, formando os preços.

Mas depois de falar com as editoras, a Apple foi para o chamado modelo de agência, em que os editores definem o preço e a Apple recebe uma comissão de 30 por cento sobre as vendas.

As editoras posteriormente pressionaram a Amazon a também adotar o modelo de agência. O governo acredita que a Apple tenha incentivado esta mudança por meio de uma cláusula de contrato que lhe permitiria reduzir preços em sua livraria se outros varejistas vendessem e-books mais baratos.


O movimento fez os preços para livros novos e best-sellers subirem, defende o governo. A mudança da Amazon para o modelo de agência também contribuiu para a queda da sua participação no mercado de e-books para 45 por cento em 2012, disse o Morgan Stanley em um relatório de fevereiro.

Mas Cue disse que a Apple não estava tentando tirar seu rival da sua abordagem por atacado, e que a cláusula de paridade de preços foi destinada apenas a garantir que sua empresa pudesse competir com outros varejistas. A Apple era indiferente se outros varejistas vendiam livros em um modelo de atacado ou agência, disse ele.

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