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Apple deve fugir de iWatch após startup registrar a marca

Batizado de iWatch, o relógio inteligente da Apple foi apresentado por Tim Cook simplesmente com o nome Apple Watch

Apple Watch: companhia quer ficar longe do iWatch, evitando mais uma guerra de patentes (David Paul Morris/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 16h59.

Antes de a Apple lançar oficialmente no mês passado seu relógio inteligente , os fãs pareciam ter decidido pela empresa que o produto se chamaria iWatch.

Por isso, quando o CEO Tim Cook entrou no palco e rompeu as convenções de nomenclatura ao chamá-lo de Apple Watch, muita gente se surpreendeu.

Mas não Daniele Di Salvo. Seu pequeno estúdio de desenvolvimento de software, com sede em Dublin, é dono da marca registrada “iWatch” na União Europeia, e ele disse à Apple e a outras empresas que elas não podem usar o termo. O mundo já foi avisado.

Di Salvo, 50, é um empreendedor italiano e ajudou a fundar a Probendi em 2007. A empresa dele desenvolveu um aplicativo chamado iWatch, que facilita a comunicação entre distintos aparelhos.

Por exemplo, os policiais de Vercelli, uma cidadezinha no norte da Itália, usam o aplicativo no smartphone para enviar dados de pessoas fichadas à delegacia.

A Probendi registrou a marca “iWatch”, incluindo aparelhos computadorizados e software, com vigência a partir do dia 3 de agosto de 2008, disse Di Salvo, em entrevista por telefone.

“A Probendi é a única entidade que tem direito legal a usar o nome ‘iWatch’ para produtos como ‘Apple Watch’ na União Europeia e vai tomar medidas judiciais imediatas para combater qualquer uso não autorizado”, disse Di Salvo.

Batalhas judiciais

As guerras de patentes levaram gigantes do setor tecnológico, como a Apple, a longas batalhas judiciais, mas navegar pelo sistema internacional de registro de marcas pode ser igualmente penoso.

A Apple processou a Amazon.com por usar “Appstore” como o nome do seu mercado de software para o Kindle, dando o pontapé inicial a dois anos de brigas nos tribunais, que acabaram sendo resolvidas.

Hoje, a Amazon continua usando o nome. Um representante da Apple não respondeu a um pedido de comentários.

Em 2012, a Apple pagou US$ 60 milhões para resolver uma disputa de registro de marca na China sobre os direitos de uso do nome “iPad”.

E, em 2006, Steve Jobs, que na época era o CEO da empresa, fez o pré-lançamento de um produto chamado iTV. Quando o item chegou ao mercado, o nome tinha mudado para “Apple TV” depois das objeções da rede de televisão britânica ITV.

A Probendi quer usufruir ao máximo seus direitos e pretende desenvolver seu próprio aparelho de vestir chamado iWatch.

O CEO Di Salvo espera que o produto utilize o sistema operacional Android 4.4, da Google, e que tenha uma tela de toque quadrada, GPS e acelerômetro, para possibilitar a compatibilidade com diversos aplicativos, como os de monitoramento da saúde.

Di Salvo vai viajar para China em busca de um fabricante que produza em série um aparelho que seja mais barato do que o Apple Watch, que custa US$ 349.

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Antes de a Apple lançar oficialmente no mês passado seu relógio inteligente , os fãs pareciam ter decidido pela empresa que o produto se chamaria iWatch.

Por isso, quando o CEO Tim Cook entrou no palco e rompeu as convenções de nomenclatura ao chamá-lo de Apple Watch, muita gente se surpreendeu.

Mas não Daniele Di Salvo. Seu pequeno estúdio de desenvolvimento de software, com sede em Dublin, é dono da marca registrada “iWatch” na União Europeia, e ele disse à Apple e a outras empresas que elas não podem usar o termo. O mundo já foi avisado.

Di Salvo, 50, é um empreendedor italiano e ajudou a fundar a Probendi em 2007. A empresa dele desenvolveu um aplicativo chamado iWatch, que facilita a comunicação entre distintos aparelhos.

Por exemplo, os policiais de Vercelli, uma cidadezinha no norte da Itália, usam o aplicativo no smartphone para enviar dados de pessoas fichadas à delegacia.

A Probendi registrou a marca “iWatch”, incluindo aparelhos computadorizados e software, com vigência a partir do dia 3 de agosto de 2008, disse Di Salvo, em entrevista por telefone.

“A Probendi é a única entidade que tem direito legal a usar o nome ‘iWatch’ para produtos como ‘Apple Watch’ na União Europeia e vai tomar medidas judiciais imediatas para combater qualquer uso não autorizado”, disse Di Salvo.

Batalhas judiciais

As guerras de patentes levaram gigantes do setor tecnológico, como a Apple, a longas batalhas judiciais, mas navegar pelo sistema internacional de registro de marcas pode ser igualmente penoso.

A Apple processou a Amazon.com por usar “Appstore” como o nome do seu mercado de software para o Kindle, dando o pontapé inicial a dois anos de brigas nos tribunais, que acabaram sendo resolvidas.

Hoje, a Amazon continua usando o nome. Um representante da Apple não respondeu a um pedido de comentários.

Em 2012, a Apple pagou US$ 60 milhões para resolver uma disputa de registro de marca na China sobre os direitos de uso do nome “iPad”.

E, em 2006, Steve Jobs, que na época era o CEO da empresa, fez o pré-lançamento de um produto chamado iTV. Quando o item chegou ao mercado, o nome tinha mudado para “Apple TV” depois das objeções da rede de televisão britânica ITV.

A Probendi quer usufruir ao máximo seus direitos e pretende desenvolver seu próprio aparelho de vestir chamado iWatch.

O CEO Di Salvo espera que o produto utilize o sistema operacional Android 4.4, da Google, e que tenha uma tela de toque quadrada, GPS e acelerômetro, para possibilitar a compatibilidade com diversos aplicativos, como os de monitoramento da saúde.

Di Salvo vai viajar para China em busca de um fabricante que produza em série um aparelho que seja mais barato do que o Apple Watch, que custa US$ 349.

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