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Apple amarga perdas bilionárias na bolsa. Saiba os motivos

Fabricante do iPhone, até então 'blindada' do mau humor do mercado financeiro com as ações de tecnologia, dessa vez não escapou

Loja da Apple: boa fase da empresa pode ter acabado (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)
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André Lopes

Publicado em 1 de outubro de 2022 às 15h01.

Última atualização em 1 de outubro de 2022 às 15h37.

Desde quinta-feira, 29, ações da Apple registraram forte queda. A empresa chegou a perder mais de US$ 150 bilhões em valor de mercado nas Bolsas dos EUA.

A derrocada foi acompanhada pelos papéis de outras big techs. Amazon e Alphabet (controladora da Google) recuaram quase 5%, enquanto as ações da Microsoft caíram 2%.

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Mas o que provoco a forte desvalorização da Apple, que até então vinha sendo poupada das perdas das big techs na Bolsa este ano?

A fabricante do iPhone foi "rebaixada" num relatório do Bank of America. Analistas do banco mudaram sua recomendação para os papéis de "compra" para "neutro", alertando que a demanda dos consumidores pelos produtos da Apple será mais fraca.

Até quinta-feira, a Apple vinha sendo tratada como um "paraíso" entre as empresas de tecnologia. Enquanto outras ações do setor sofriam fortes quedas, em meio a temores de uma recessão global, os papéis da fabricante de iPhones tinha desvalorização relativamente menor.

A empresa, que é a de maior valor de mercado do mundo, com US$ 2,3 trilhões em ações em Bolsa, perdeu cerca de 20% este ano - bem menos do que a queda média de 32% do conjunto das companhias negociadas no índice Nasdaq, do setor de tecnologia.

Mas o relatório do Bank of America foi uma ducha de água fria com o até então otimismo relativo com a Apple.

Os analistas do banco alertaram que a demanda pelos serviços da Apple já diminuiu e a compra dos produtos da empresa provavelmente seguirá caindo. E lembraram que um dólar mais forte frente às principais divisas globais complica ainda mais a situação da empresa.

Embora “as perspectivas de longo prazo da Apple permaneçam favoráveis”, o BofA espera revisões de estimativas negativas e riscos de avaliação no curto prazo.

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