Tecnologia

Aplicativos maliciosos no Android cresceram 486% em 2013

Segundo a empresa de segurança G Data, os novos aplicativos maliciosos detectados na plataforma chegaram a 673 mil, um novo recorde negativo no conjunto do ano


	Android:aA G Data adverte sobre a possível aparição de aplicativos maliciosos capazes de roubar moedas digitais diretamente de smartphones e tablets com sistema operacional Android (osde8info/Flickr)

Android:aA G Data adverte sobre a possível aparição de aplicativos maliciosos capazes de roubar moedas digitais diretamente de smartphones e tablets com sistema operacional Android (osde8info/Flickr)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 11h40.

Madri - Os aplicativos maliciosos para dispositivos móveis do sistema operacional Android (do Google) aumentaram em 486% no ano de 2013, em comparação com o ano anterior, com um total de 1,2 milhão de ameaças detectadas, informou nesta segunda-feira a empresa de segurança G Data.

Os números, recolhidos em seu último relatório semestral, relativo ao período entre julho e dezembro de 2013, revelaram que os novos aplicativos maliciosos detectados na plataforma Android chegaram a 673 mil, um novo recorde negativo no conjunto do ano.

Segundo Eddy Willems, analista em segurança da G Data, a indústria do crime cibernético mantém sua maquinaria de criação de ameaças "em pleno rendimento" e se aproveita de "um elo muito frágil" nos smartphones e tablets, que costumam armazenar tanta informação como os PC"s.

Neste aspecto, 2014 pode ser o ano do roubo de dados em dispositivos móveis, com um aumento de ataques cruzados entre plataformas, assim como fraudes em torno de "bitcoins" ou outras moedas digitais, acrescentou.

Dentro dos aplicativos maliciosos que podem ser agrupados em famílias de "malware", que representam quase a metade do total, os troianos constituem o grupo mais numeroso (80,9%), seguido dos "backdoors" (18,8%) e "exploits" (0,3%), segundo os dados.

Os troianos, no âmbito da mobilidade, são normalmente especializados no roubo de dados pessoais, que, mais tarde, são comercializados em mercados negros da internet, de acordo com o relatório.

Entre as ameaças sem classificação, que supõem 53,6% do total, incluem programas que não são estritamente daninhos, mas que costumam esconder funções de espião e que especialmente se dedicam à repetição indiscriminada de anúncios. Frequentemente são difíceis de serem removidos.

A G Data, dentro desta negativa previsão para 2014, adverte sobre a possível aparição de aplicativos maliciosos capazes de roubar moedas digitais diretamente de smartphones e tablets com sistema operacional Android.

Além disso, a empresa alerta sobre a previsível concentração de "energias" por parte da indústria do crime eletrônico no desenvolvimento de ameaças capazes de interferir em operações de bancos "on line", mediante ataques em multiplataforma, e do roubo de dados pessoais. 

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