Amazon e Twitter, ainda impulsionados pela pandemia, divulgam balanços
Demanda gerada pela continuidade do surto de covid-19 deve ajudar com números favoráveis às duas big techs
André Lopes
Publicado em 29 de abril de 2021 às 06h00.
Os mercados globais recebem nesta quinta-feira, 29, os balanços de Amazon e Twitter , dois importantes players da tecnologia.
No caso da Amazon, os resultados são aguardados com certa ressalva. O fundador e até pouco tempo CEO, Jeff Bezos , deixou o cargo de presidente-executivo no início do ano e anulou o otimismo de Wall Street com essa primeira fase financeira da empresa.
Contudo, os analistas apontam que a chegada de Andy Jassy, o ex-chefe da AWS, traz tranquilidade e até um certo entusiasmo.
Acrescente na conta os mais de 100 bilhões em vendas que a empresa atingiu em 2020, a infeliz continuidade da pandemia—que gera demanda pelos serviços da Amazon—e o crescimento à espreita que deve vir dos avanços das campanhas de vacinação ao redor do mundo: os números devem chegar favoráveis à varejista.
Já o combalido Twitter deve trazer pouca novidade aos acionistas. É esperada uma leve alta na receita, impulsionada também pelo tempo que os usuários em isolamento social estão gastando na rede,— onúmero de visitantes entre outubro e dezembro de 2020 subiu 27% e chegou a 192 milhões em comparação com o mesmo período do ano anterior—o que atrai o dinheiro vindo dos anunciantes.
Mas a empresa ainda tem de lidar com a operação onerosa que segue anualmente em margens limitantes. No último acumulado de 2020, a empresa registrou prejuízo de 1,136 bilhão de dólares, ante lucro de 1,465 bilhão de dólares em 2019. Esses valores nem uma pandemia consegue mudar.