Carrinho inteligente da Amazon: tecnologia facilita as compras na nova cadeia de mercados da gigante (Amazon/Divulgação)
Thiago Lavado
Publicado em 11 de março de 2021 às 13h56.
Última atualização em 11 de março de 2021 às 14h29.
A Amazon está de olho nos supermercados, especialmente em trazer mais tecnologia para a experiência. A empresa abriu mais uma loja Amazon Fresh nos Estados Unidos, nesta quinta-feira, de acordo com a Bloomberg.
É a 11ª desde setembro do ano passado, quando a empresa lançou mais uma frente de atuação no varejo físico. O gigante é dono ainda da cadeia de supermercados Whole Foods (adquirida em 2017 por 13,7 bilhões de dólares), focada em comida natural e orgânica, e da rede Amazon Go, que funciona mais como uma loja de conveniência — com o diferencial de que não existem caixas, o consumidor coloca no carrinho e tem as compras lançadas no cartão de crédito na saída.
A Amazon já vende alimentos e itens para casa há dez anos — só que no online. A empresa tem uma parcela pequena desse mercado, estimado em 900 bilhões de dólares nos Estados Unidos. Competidores, como o gigante Walmart, começam incursões no mundo digital, enquanto que a Amazon ganha espaço com as lojas de tijolos.
As novas Amazon Fresh não detêm a mesma tecnologia que as lojas de conveniência sem caixas, mas exploram algumas inovações. Os carrinhos de compras, por exemplo, são equipados com telas sensíveis ao toque e integradas ao restante do ecossistema da empresa.
Ao colocar as compras no carrinho, ele calcula o valor dos itens e torna o processo de saída mais fácil, com a cobrança dos itens direto do cartão de crédito cadastrado na conta Amazon. A tela pode acessar a lista de compras da Alexa e tem um leitor de cupons para descontos. Dependendo do tamanho das compras, é possível simplesmente sair com o carrinho e pagar com pouca complicação.
Analistas consultados pela Bloomberg apontam que as lojas são mais baratas para lançar e custam pouco para manter, uma arma que pode ser usada pela Amazon em um setor conhecido pelas margens pequenas.
Os dados que a empresa já tem dos consumidores, como a densidade de assinantes Prime numa mesma região, são fatores de peso para decidir onde abrir a próxima loja. Os hábitos de compra e produtos mais comprados ajudaram a preencher as prateleiras.
Apesar disso, esse é um mercado competitivo nos Estados Unidos e analistas estimam que a Amazon precise de centenas de lojas nos próximos anos para ser um competidor relevante. Trinta e nove delas já estão a caminho.