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Alemanha cobra da Apple mais transparência sobre uso de dados

Berlim - A Apple deve "deixar imediatamente claro" quais dados coleta dos usuários de seus produtos e com qual propósito, afirmou a ministra da Justiça da Alemanha, em entrevista publicada neste fim de semana pela revista Der Spiegel. "Os usuários de iPhones e outros dispositivos de GPS devem estar cientes de que tipo de informações sobre […]

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2010 às 09h38.

Berlim - A Apple deve "deixar imediatamente claro" quais dados coleta dos usuários de seus produtos e com qual propósito, afirmou a ministra da Justiça da Alemanha, em entrevista publicada neste fim de semana pela revista Der Spiegel.

"Os usuários de iPhones e outros dispositivos de GPS devem estar cientes de que tipo de informações sobre eles estão sendo coletadas", disse Sabine Leutheusser-Schnarrenberger ao semanário alemão.

Segundo a Der Spiegel, a crítica da ministra é voltada para as mudanças que a Apple fez na sua política de privacidade, através da qual a empresa pode coletar dados sobre a localização geográfica dos usuários de seus produtos de forma anônima.

Leutheusser-Schnarrenberger disse esperar que a Apple "abra seus bancos de dados para as autoridades alemãs de proteção de dados" e esclareça quais são as informações que está recolhendo e por quanto tempo a empresa está mantendo os dados.

Um porta-voz da Apple disse que não poder comentar o assunto.

A Alemanha tem uma das legislações de defesa da privacidade mais exigentes do mundo, como resultado da experiência do país com os sistemas estatais de vigilância que foram postos em prática pelos nazistas e pela polícia secreta da Alemanha Oriental, a Stasi.

A ministra alemã de Defesa do Consumidor ganhou as manchetes no início deste mês, quando disse que iria sair do Facebook devido ao que chamou de violações das leis de privacidade.

Enquanto isso, após uma auditoria solicitada pela Alemanha em maio, o Google reconheceu que tinha recolhido equivocadamente durante anos dados pessoais transmitidos por usuários de redes sem fio.

A ministra da Justiça disse que seria "impensável" para a Apple criar perfis dos usuários com base em suas personalidades e localização. "A Apple tem a obrigação de aplicar corretamente a transparência tantas vezes prometida pelo presidente-executivo Steve Jobs", disse ela.

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