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A inteligência artificial no centro da guerra dos smartphones

No campo, Apple, Samsung e Huawei lutam com armas diferentes para deixar as concorrentes na poeira

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Apple demonstra como funciona o Face ID, sensor de autenticação por face do iPhone X (Stephen Lam/Reuters)

Apple demonstra como funciona o Face ID, sensor de autenticação por face do iPhone X (Stephen Lam/Reuters)

A
AFP

Publicado em 17 de outubro de 2017 às, 14h55.

As gigantes dos smartphones, Samsung, Apple e, agora, Huawei, enfrentam-se armadas com investimentos colossais na inteligência artificial, em um ritmo que as concorrentes dificilmente conseguem acompanhar.

Do lado de fora, não há muito que distinga o Mate 10 da Huawei, revelado na segunda-feira em Munique (Alemanha), do iPhone X da Apple ou do Galaxy S8 da Samsung: uma tela que cobre toda a parte superior do dispositivo, duplo captor de foto e baterias robustas.

Mas é sob a tela que a batalha é travada entre a americana Apple e os grupos coreano e chinês, com seus minúsculos processadores celebrados com grande pompa pelos fabricantes.

Ao apresentar no mês passado seu iPhone X em uma cerimônia reluzente, a Apple se vangloriou com a possibilidade de desbloquear o dispositivo pelo reconhecimento facial de seu usuário.

Na segunda-feira, a Huawei respondeu, fazendo seu Mate 10 traduzir várias línguas, optar pelo melhor modo de fotografia, distinguir sozinho um prato de um buquê ou de um animal, ou mesmo organizar arquivos.

Batalha financeira

Por trás das novas possibilidades, esconde-se uma habilidade comum da máquina de "aprender" criando montanhas de dados, sem que um programador ensine a reconhecer um rosto, por exemplo.

"A inteligência artificial não é mais um conceito teórico, mas algo que se entrelaça com a nossa vida cotidiana", disse Richard Yu, um dos chefes da Huawei, enquanto o grupo afirma ter submetido a câmera de seu aparelho a 100 milhões de fotos para treiná-lo.

Em 2016, o gigante chinês afirmou ter investido 76,4 bilhões de yuans (US$ 11,6 bilhões) em pesquisa e desenvolvimento, um esforço considerável feito graças à sua forte posição na infraestrutura de telecomunicações.

A Samsung investiu, por sua vez, 14,8 bilhões de wons em pesquisas no mesmo período (US$ 13,1 bilhões), enquanto a Apple navegou em águas similares, gastando um pouco mais de US$ 10 bilhões.

"Ao lado da Samsung e da Apple, as crescentes capacidades tecnológicas da Huawei ameaçam ultrapassar o alcance de pequenas empresas", diz Ian Fogg, especialista do setor no IHS Markit Research Institute .

"Ecossistema aberto"

Esta corrida de investimento é apenas um aspecto da rivalidade que está ocorrendo. Cabe agora aos desenvolvedores de aplicativos explorar as possibilidades criadas pela inteligência artificial para inventar novos usos.

E neste campo, a Apple, a Samsung e a Huawei não lutam com as mesmas armas, com a primeira tendo optado pelas antípodas de seus dois concorrentes asiáticos.

A Apple controla de perto o uso de seus dispositivos, desde o hardware até os aplicativos, oferecendo aos desenvolvedores especificações precisas quando trabalham para o iPhone.

Samsung e Huawei, por outro lado, usam o sistema operacional Android do Google, comum a milhares de dispositivos diferentes e menos propício a uma programação personalizada.

"Estamos tentando criar um ecossistema aberto", contesta Richard Yu, chefe de setor da Huawei.

O desafio para o grupo de Shenzhen, mais comprometido do que a Samsung no caminho da inteligência artificial, "vai ser maximizar o uso de suas capacidades", dado que "não controla os sistemas usados ​​por seus telefones", aponta Ian Fogg, do IHS Markit.

Os desenvolvedores de aplicativos Android podem optar por sufocar as possibilidades oferecidas pelo Mate 10, pois também podem trabalhar em muitos outros modelos.

Consciente do perigo, a Huawei tornou o seu telefone compatível com as ferramentas desenvolvidas pelo Facebook e Google para facilitar a apropriação da inteligência artificial pelos desenvolvedores.

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