7 ecoedifícios de “energia positiva”
Construções sustentáveis capazes de produzir mais energia do que consomem a partir de fontes renováveis estão se tornando realidade pelo mundo. Confira alguns exemplos de sucesso dos chamados “energy positive buildings”
Vanessa Barbosa
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 17h48.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h33.
São Paulo – Iluminado à noite, a prédio de design futurista se assemelha a uma nave espacial. Mas o Heliotrope, considerado a primeira construção com superávit energético do mundo, está firmemente ancorado na cidade de Freiburg, na Alemanha, desde 1994. O nome incomum é uma alusão ao movimento rotativo de suas placas solares que acompanham o percurso do sol, maximizando a exposição aos raios luminosos.
Ao longo do dia, todo o corpo da instalação também gira de modo a proteger algumas áreas do aquecimento excessivo e deixando entrar luz em outras. As varandas da casa cilíndrica também contam com persianas que afugentam o calor e ao redor delas um conjunto de corrimões dispõe de coletor solar para o aquecimento de água dos chuveiros e para o sistema de climatização.
Ao longo do dia, todo o corpo da instalação também gira de modo a proteger algumas áreas do aquecimento excessivo e deixando entrar luz em outras. As varandas da casa cilíndrica também contam com persianas que afugentam o calor e ao redor delas um conjunto de corrimões dispõe de coletor solar para o aquecimento de água dos chuveiros e para o sistema de climatização.
São Paulo - Cinquenta e duas casas, entre residenciais e comerciais, formam o bairro ancorado em Freiburg, na Alemanha, que se tornou referência em boa vida e impacto ambiental mínimo. Situado em uma das regiões mais ensolaradas do país, o vilarejo de Sonnenschiff é capaz de produzir quatro vezes mais energia do que consome. A auto-suficiência é atingida através do seu projeto de energia solar, que utiliza painéis fotovoltaicos posicionados estrategicamente para aproveitar ao máximo a incidência dos raios de sol. Além de aproveitar a luz natural, com amplas aberturas para deixar o sol entrar nos ambientes internos, as casas ecológicas também contam com tecnologia para economizar água. Os telhados possuem sistemas de captação de água da chuva, que depois é utilizada na irrigação de jardins e nas descargas de vasos sanitários, diminuindo ainda mais o impacto no ambiente.
São Paulo – Desde 2009, a cidade de Lystrup na Dinamarca abriga uma casa nada convencional chamada Active House. O que a difere das residências tradicionais é a capacidade de produzir mais energia do que consome ao longo de um ano. Isso é possível graças à combinação de medidas de eficiência energética simples com tecnologias mias sofisticadas. No primeiro caso, um conjunto de janelas com tamanho até três vezes superior às de condomínios comuns permite o aproveitamento máximo da luz natural. Por sua vez, um sistema de tecnologia de ponta controla automaticamente por um computador a abertura e o fechamento do brises, de acordo com a incidência do sol. Quando o interior esquenta demais, sensores automáticos abrem as janelas e frestas para ventilar o ambiente. E durante dias frios, se as janelas ficarem abertas por mais de uma hora, ele as fecha para evitar gastos com aquecedores de ambiente. O protótipo também conta com vidraças de três camadas para isolar o calor. Toda a energia que abastece a casa vem de placas solares dispostas ao longo de 50 metros de quadrados sobre o teto. Em dias nublados, para compensar a falta de sol, um gerador elétrico é acionado. Durante o verão, a energia produzida é suficiente para suprir a demanda da família que mora lá em caráter experimental e o excesso é vendido para a para a companhia local de eletricidade e serve como crédito para o inverno, quando o aparato solar fica mais ocioso.
São Paulo - Construída pelo IAAC – Instituto de Arquitetura Avançada da Catalunha em parceria com mais 20 profissionais de várias partes do mundo , a Fab Lab House é um projeto idealizado inteiramente para atender aos quesitos eficiência energética e sustentabilidade.
A casa é capaz de gerar três vezes a energia que consome devido aos paineis solares e um gerador eólico localizados no telhado e também abriga um pomar para produzir alimentos orgânicos. O interior é composto por um dormitório, um loft com camas para os hóspedes, cozinha e banheiro. É possível adquirir uma Fab Lab House a partir de 45mil euros em sua versão menor. Estima-se que a construção de uma unidade de 75m² leve apenas 15 dias.
A casa é capaz de gerar três vezes a energia que consome devido aos paineis solares e um gerador eólico localizados no telhado e também abriga um pomar para produzir alimentos orgânicos. O interior é composto por um dormitório, um loft com camas para os hóspedes, cozinha e banheiro. É possível adquirir uma Fab Lab House a partir de 45mil euros em sua versão menor. Estima-se que a construção de uma unidade de 75m² leve apenas 15 dias.
São Paulo – O arquiteto alemão Werner Sobek mira alto quando o assunto é sustentabilidade. Não à toa. Criador do Conselho Alemão de Construção Sustentável (DGNB), Sobek criou um padrão ambiental rigoroso para seus projetos chamado “Triple Zero”. Os três zeros significam: consumo zero de energia, emissão zero de carbono e zero resíduos na construção. Toda a energia que a casa precisa é produzida no local, através de painéis solares no telhado, e por uma troca de calor geotérmica com o solo através de um sistema que penetra na terra cerca de sete metros abaixo do prédio.
Segundo o arquiteto, é até mesmo possível desfazer toda estrutura do prédio e reciclá-la por completo sem agredir ao meio ambiente, no lugar de incinerar ou enviar para o aterro. Projetados para serem “leves” e fáceis de desmontar, esses edifícios minimizam ao máximo o uso de materiais como ferro, aço e até mesmo concreto - cuja produção industrial demanda muito energia – para privilegiar grandes janelas e divisórias de vidro internas. Modernas e sustentáveis, as peças modulares são conectadas através de simples parafusos.
Segundo o arquiteto, é até mesmo possível desfazer toda estrutura do prédio e reciclá-la por completo sem agredir ao meio ambiente, no lugar de incinerar ou enviar para o aterro. Projetados para serem “leves” e fáceis de desmontar, esses edifícios minimizam ao máximo o uso de materiais como ferro, aço e até mesmo concreto - cuja produção industrial demanda muito energia – para privilegiar grandes janelas e divisórias de vidro internas. Modernas e sustentáveis, as peças modulares são conectadas através de simples parafusos.
São Paulo – A Elithis Tower foi construída e desenhada pelo escritório francês Arte Charpentier como o primeiro prédio empresarial com superávit energético do mundo. Inauguruado em 2009, na cidade de Dijon, na França, o edifício é equipado com uma cobertura de 330 painéis solares que geram mais energia do que é necessário para o consumo da torre e reduz em até seis vezes as emissões de gases efeito estufa se comparado a um edifício comercial convencional.
Todos os materiais usados na construção deste colosso que ocupa cinco mil metros quadrados seguem padrões de baixo impacto ambiental. Além disso, todos os funcionários recebem constantemente orientações para garantir também uma ocupação sustentável, promovendo a cultura da consciência ambiental.
Todos os materiais usados na construção deste colosso que ocupa cinco mil metros quadrados seguem padrões de baixo impacto ambiental. Além disso, todos os funcionários recebem constantemente orientações para garantir também uma ocupação sustentável, promovendo a cultura da consciência ambiental.
São Paulo – Responsável por enviar o homem à lua, a Agência Espacial Americana não poderia ficar de fora dessa empreitada do futuro. No início do ano, a NASA inaugurou sua mais nova criação, uma base de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia espacial que produz mais energia do que consome durante o dia. Não só isso. O Kennedy Space Center, em Orlando, na Flórida, também ostenta a certificação Leed, concedida pelo Green Building Council, que atesta que o edifício foi construído seguindo os mais avançados padrões de sustentabilidade. Primeira instalação carbono neutro da Agência, o centro possui placas solares no teto, que respondem por um excedente energético de quase 40%. Claro que a iniciativa não compensa as intensas emissões do programa espacial americano, que depende de muito combustível, mas começar pelo mais simples, como a produção de energia para o abastecimento dos próprios edifícios, é um sinal verde para outras ações de mesmo apelo.