6 tecnologias que estão salvando a vida dos refugiados
Google Maps, Facebook e WhatsApp são as principais ferramentas digitais utilizadas pelos refugiados para fugirem das guerras civis que assolam seus países
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2015 às 08h00.
São Paulo – A Europa está no meio de sua pior crise de refugiados desde a II Guerra Mundial. Diferentemente dos judeus, homossexuais e comunistas que fugiram de Hitler, os sírios não precisam apenas de comida e abrigo para sobreviverem. Eles também precisam de seus smartphones .
A tecnologia transformou o modo como os refugiados se movem entre as fronteiras dos países. Ferramentas digitais se tornaram vitais para publicar atualizações em tempo real sobre prisões, rotas, transportes e, principalmente, para manter o contato com a família e os amigos.
Veja abaixo as tecnologias que estão ajudando os refugiados a saírem vivos desta guerra civil que já dura quatro anos.
Internet
A internet é a principal ligação entre os refugiados e o mundo, mas em zonas de conflito o acesso é difícil. Um grupo teve uma ideia inusitada para conectar refugiados na Hungria. Eles transformaram pessoas em postes de Wi-Fi. Com uma doação de 100 dólares, voluntários podem alugar uma mochila equipada com um roteador e cartões de celular pré-pagos e andar pela multidão.
De acordo com Kate Coyer, diretora do Projeto Sociedade Civil e Tecnologia da Universidade Central Europeia, o roteador dura cerca de seis horas antes de precisar ser recarregado. Ele também pode entregar o sinal para cerca de seis de usuários ao mesmo tempo.
WhatsApp, Skype e Viber
Um escritório das Nações Unidas na Jordânia tem distribuído cartões de celular para refugiados. O objetivo é que eles possam usar seus smartphones. O WhatsApp é uma das principais formas de comunicação entre eles e seus familiares e amigos. Apps , como o Skype , permitem que os sírios façam ligações de graça ou por um preço muito baixo.
No Líbano e no norte do Iraque, o Comitê Internacional de Resgate (IRC, em inglês) entregou milhares de carregadores movidos a energia solar para os refugiados. Na fronteira da Hungria, voluntários colocaram réguas de energia em estabelecimentos públicos para que os refugiados possam recarregar seus smartphones.
O Facebook tem papel central na crise e pode ser usado para o mal e para o bem. Grupos são criados todos os dias para vender viagens para a Europa. Um dos mais conhecidos é o “Tráfico para a Europa”, com mais de seis mil membros. Nele, traficantes anunciam preços das travessias para a Europa, como se estivessem vendendo pacotes de viagens. Eles oferecem descontos nas travessias para pais com crianças menores de cinco anos.
A parte boa é que existem grupos em árabe que auxiliam os sírios que viajam sozinhos. Entre eles estão “Contrabando para a EU”, que tem mais de 23 mil membros, e “Como emigrar para a Europa”, com mais de 39 mil pessoas.
“Graças ao Facebook , os traficantes estão perdendo seus negócios, pois as pessoas estão fazendo as travessias sozinhas”, disse Mohamed Ali Haj, que trabalha com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais em Belgrado, capital da Sérvia, ao New York Times.
São Paulo – A Europa está no meio de sua pior crise de refugiados desde a II Guerra Mundial. Diferentemente dos judeus, homossexuais e comunistas que fugiram de Hitler, os sírios não precisam apenas de comida e abrigo para sobreviverem. Eles também precisam de seus smartphones .
A tecnologia transformou o modo como os refugiados se movem entre as fronteiras dos países. Ferramentas digitais se tornaram vitais para publicar atualizações em tempo real sobre prisões, rotas, transportes e, principalmente, para manter o contato com a família e os amigos.
Veja abaixo as tecnologias que estão ajudando os refugiados a saírem vivos desta guerra civil que já dura quatro anos.
Internet
A internet é a principal ligação entre os refugiados e o mundo, mas em zonas de conflito o acesso é difícil. Um grupo teve uma ideia inusitada para conectar refugiados na Hungria. Eles transformaram pessoas em postes de Wi-Fi. Com uma doação de 100 dólares, voluntários podem alugar uma mochila equipada com um roteador e cartões de celular pré-pagos e andar pela multidão.
De acordo com Kate Coyer, diretora do Projeto Sociedade Civil e Tecnologia da Universidade Central Europeia, o roteador dura cerca de seis horas antes de precisar ser recarregado. Ele também pode entregar o sinal para cerca de seis de usuários ao mesmo tempo.
WhatsApp, Skype e Viber
Um escritório das Nações Unidas na Jordânia tem distribuído cartões de celular para refugiados. O objetivo é que eles possam usar seus smartphones. O WhatsApp é uma das principais formas de comunicação entre eles e seus familiares e amigos. Apps , como o Skype , permitem que os sírios façam ligações de graça ou por um preço muito baixo.
No Líbano e no norte do Iraque, o Comitê Internacional de Resgate (IRC, em inglês) entregou milhares de carregadores movidos a energia solar para os refugiados. Na fronteira da Hungria, voluntários colocaram réguas de energia em estabelecimentos públicos para que os refugiados possam recarregar seus smartphones.
O Facebook tem papel central na crise e pode ser usado para o mal e para o bem. Grupos são criados todos os dias para vender viagens para a Europa. Um dos mais conhecidos é o “Tráfico para a Europa”, com mais de seis mil membros. Nele, traficantes anunciam preços das travessias para a Europa, como se estivessem vendendo pacotes de viagens. Eles oferecem descontos nas travessias para pais com crianças menores de cinco anos.
A parte boa é que existem grupos em árabe que auxiliam os sírios que viajam sozinhos. Entre eles estão “Contrabando para a EU”, que tem mais de 23 mil membros, e “Como emigrar para a Europa”, com mais de 39 mil pessoas.
“Graças ao Facebook , os traficantes estão perdendo seus negócios, pois as pessoas estão fazendo as travessias sozinhas”, disse Mohamed Ali Haj, que trabalha com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais em Belgrado, capital da Sérvia, ao New York Times.
Google Maps
O Google Maps e outros aplicativos de GPS são bastante populares entre os refugiados. Graças a essas ferramentas, as pessoas são capazes de desenhar as próprias rotas para fugirem da Síria . Devido a estes apps, os refugiados não precisam mais pagar preços altos e passar pelas condições horríveis que são oferecidas pelos traficantes.
“A única parte da viagem que a maioria dos imigrantes ainda paga para os traficantes é o cruzamento da Turquia para a Grécia”, escreveu Matthew Brunwasser, no New York Times.
Google Docs
Uma ferramenta muito usada pelos voluntários é o Google Docs. Kate Coyer disse ao Business Insider que coordena grupos no Google Docs para que alimentos e outros itens necessários para a sobrevivência dos refugiados estejam seguros.
Segundo ela, o app do Google ajuda a garantir que não exista um excesso de determinados produtos e insuficiência de outros. Além disso, o Docs permite que os voluntários humanitários consigam responder rapidamente às necessidades dos refugiados.
Airbnb para refugiados
Em 2014, os alemães Jonas Kakoschke e Mareike Geiling abriram as portas da própria casa para abrigar refugiados. O que era para ser um ato isolado de bondade tornou-se um projeto. Chamada de Flüchtlinge Willkommen ("Bem-vindos, refugiados"), a plataforma tem sido descrita como um "Airbnb para refugiados". O Airbnb é um site para as pessoas alugarem casas, quartos ou apartamentos para turistas.
O projeto alemão tem ajudado refugiados de países como Afeganistão, Nigéria, Paquistão e Síria. Mais de 780 alemães já se inscreveram no site. Eles são de diversas profissões, afirma Kakoschke, em entrevista ao site Al Jazeera. “São carpinteiros, consultores de relações públicas e muitos estudantes.” Segundo ele, os voluntários têm entre 21 e 65 anos.