5 soluções tecnológicas para as salas de aula
Por que o professor precisa escrever na lousa se a informação já está na internet e em outras plataformas digitais que favorecem e facilitam o aprendizado? Veja a...
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2013 às 15h25.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 17h02.
Por que o professor precisa escrever na lousa se a informação já está na internet e em outras plataformas digitais que favorecem e facilitam o aprendizado? A tecnologia tem se mostrado uma peça fundamental para modernizar a educação no Brasil. Um grupo cada vez maior de educadores, empresários e pesquisadores defende o ensino personalizado. O objetivo é colocar o aluno no centro do processo de aprendizagem. Veja a seguir cinco tecnologias que já começam a mudar a configuração das salas de aula e prometem revolucionar a educação no Brasil.
A Khan Academy é uma ONG educacional criada em 2008 pelo americano Salman Khan, com a missão de oferecer educação com vídeo-aulas e plataforma de exercícios online. Todo conteúdo é aberto e gratuito. A Fundação Lemann trouxe a Khan Academy para o Brasil. Traduziu os vídeos e levou a ferramenta de exercícios para escolas públicas. Segundo a ONG, atualmente há mais de 600 aulas em português sobre Matemática, Biologia, Química e Física. A meta é ter mais outros 400 vídeos publicados até o final de 2013. Hoje, mais de 10 mil alunos de 3º, 4º e 5º anos dos estados de São Paulo, Paraná e Ceará participam do projeto Khan Academy nas Escolas. Cada aluno avança no seu próprio ritmo ao assistir aos vídeos e fazer os exercícios correspondentes. Os professores podem, assim, monitorar a aprendizagem dos estudantes em tempo real. Podem intervir com aqueles que apresentam mais dificuldade ou estimular quem já pode avançar para o próximo assunto.
O Descomplica produz aulas com foco no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), no vestibular e no ensino médio. São mais de 2 mil vídeos gravados, aulas ao vivo todos os dias, testes, simulados, tutores para tirar dúvidas e um sistema de correção de redações. Há ainda cerca de 300 vídeos gratuitos na plataforma. Na véspera do Enem de 2012, mais de 100 mil estudantes assistiram online a uma maratona de 12 horas de aulas de revisão transmitidas ao vivo para o Brasil. Os professores explicaram de uma forma leve e divertida alguns dos principais conceitos que seriam abordados na prova. Há ainda cerca de 300 vídeos gratuitos na plataforma. A plataforma também indica aulas específicas para quem errou simulados ou exercícios. Ao se logar no serviço, o aluno pode receber notificações e sugestões baseadas no que seus amigos assistiram, em um método que altera a velha dinâmica do ensino. O aluno desembolsa pelo serviço menos de 10 reais por mês em plano anual.
Manga High é uma plataforma de exercícios com formato de games. O aluno joga e ganha medalhas virtuais, que o classifica em uma espécie de torneio online disputado com outros colegas. No Brasil, 50 escolas adotaram a Manga High como ferramenta de estudo. No mundo, são mais de 5 mil instituições de ensino. Cerca de 1,7 milhão de usuários resolvem até 3 milhões de exercícios por dia. Para alunos com alguma dificuldade, a ferramenta permite identificar e reforçar conceitos que não foram bem assimilados nas aulas. Já para os que têm facilidade com números, os games podem acelerar o aprendizado. A estratégia de coletar dados é uma tendência em educação. Quanto mais informações forem obtidas sobre o aluno, mais fácil será encontrar os desvios em seu aprendizado. A avaliação usa uma metodologia chamada TRI - Teoria de Resposta ao Item, que atribui pesos diferentes a cada questão de acordo com parâmetros, como dificuldade e conceitos abordados. A técnica permite que duas pessoas que acertaram o mesmo número de questões possam ter pontuações diferentes. Mas o aluno só descobre a nota final.
Assim como Manga High, a plataforma Geekie usa a metodologia TRI para analisar o grau de dificuldade de cada questão, quais habilidades estão sendo testadas e qual é a chance de a pessoa ter chutado a resposta. A prova se adapta ao aluno quando é feita online. Se ele acerta as respostas, o programa aumenta a dificuldade da próxima questão, até se certificar do quanto o aluno sabe sobre a matéria. Se erra, as questões ficam no mesmo nível ou até mais fáceis. A prova se alimenta de cada resultado para se tornar mais precisa. A ideia é conseguir chegar a um nível de detalhamento que permita dizer, por exemplo, se uma aluna errou o exercício de matemática porque não sabia a matéria ou porque não entendeu o enunciado.
O Duolingo é uma ótima ferramenta para quem deseja aprender ou aprimorar o inglês. Tem uma versão online, mas também funciona no tablet e no smartphone, com aplicativos para iOS e Android. O programa tem lições que vão do nível mais básico até o avançado, ensinando de números a pronomes e conjugações. As tarefas envolvem traduzir termos básicos, entender a pronúncia de palavras e montar frase, sempre de acordo com o nível escolhido pelo aluno. O sistema funciona mais ou menos como um jogo de perguntas e respostas: o aluno começa a fase com três "vidas", que representam a quantidade de vezes que pode errar. Se perder todas, terá que começar a atividade novamente. O Duolingo ensina o idioma com foco em conceitos e situações práticas. Depois, o aluno pratica a língua traduzindo textos da internet. É uma forma de crowdsourcing, ou seja, do uso do poder da multidão para realizar uma tarefa. Além de inglês para brasileiros, o Duolingo oferece aulas de espanhol, francês, alemão e italiano para quem sabe inglês.
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