Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 20h01.
O 3D Sense, da 3D Systems, é um scanner de mão para modelagem tridimensional. Ele é o primeiro dispositivo do gênero que passa pelo INFOlab e um dos únicos produtos do gênero nessa categoria. Outros aparelhos desse tipo usam, por exemplo, uma bandeja que rotaciona um objetivo para criar um molde computadorizado - e eles são bem maiores do que o 3D Sense.
A novidade desse dispositivo, que pode ser ligado a computadores com sistemas Windows 7 ,8 e 8.1, não está apenas no hardware. O software integrado à solução é bastante prático e de uso intuitivo.
O 3D Sense é de uma família conhecida por muitos. Ele é desenvolvido pela PrimeSense, a mesma que faz o Kinect, o sensor de movimentos do Xbox, da Microsoft. O novo aparelho funciona emitindo infravermelho para capturar os pontos de profundidade da imagem escaneada no mundo real.
O software do aparelho salva em formato STL, OBJ e PLY, podemos utilizar softwares de modelagem 3D tradicionais para os retoques. Isso é um ponto positivo, já que não é preciso comprar uma impressora da 3D Systems junto com o Sense.
http://videos.abril.com.br/info/id/9d7bd0230f2d0204ce3dd911f4f593b2
Além do emissor infravermelho, duas outras câmeras auxiliam capturando a profundidade e a geometria do que se quer digitalizar. Aparantemente, o sensor é um Carmine 1.09 3D, mas com um invólucro diferente. A estimativa, portanto, é de que a câmera RGB tenha resolução de 640 por 480 pixels. Você pode consultar mais detalhes aqui.
Como supracitado, a usabilidade do 3D Sense é simples. Basta conectar o aparelho ao computador, instalar o software de operação e começar a usar. Você pode digitalizar uma pessoa ou um objeto. Depois, é preciso estimar o tamanho da imagem e começar a captura. É preciso escanear a pessoa ou objetivo apontando o aparelho em todos os lados, completando os 360 graus para gerar o molde tridimensional.
Em termos práticos, você precisa digitalizar olhando para a tela do notebook ou PC para que o software mostre como está ficando a imagem e indique se você está longe ou perto demais do alvo. Quanto mais paciência e destreza tiver, melhor o resultado.
Caso seu objeto não fique bom em um primeiro momento, procure ajustar as configurações manualmente. Ter em mãos as medidas aproximadas do objeto produzirá um resultado melhor.
No caso de uma pessoa, como o aparelho precisa de conexão por cabo com o computador, o ideal é usá-lo em um notebook para que seja possível que você faz o movimento de 360 graus em torno do alvo - e, ao mesmo tempo, ter o feedback do programa. Durante os testes do INFOlab, o 3D Sense gerou moldes de pessoas com riqueza de detalhes.
Depois de escaneado, o software pega os inúmeros pontos projetados no ambiente e monta uma superfície digital, uma espécie de malha de pontos. A próxima etapa é cortar as anomalias ou superfícies não pertencentes ao modelo. A opção Solidify, tentará fechar a malha e transformá-la em um sólido. Caso você não percorra os 360 graus em torno do alvo, será gerado um modelo que se aproxima de um retângulo. Nesse caso, o trabalho será semelhante ao de um escultor. Será preciso aperfeiçoar o molde removendo e suavizando alguns pedaços.
Um detalhe importante é que o modelo gerado fica quase em escala real. Para imprimir em uma impressora 3D, ou animar é preciso reduzir o molde. No entanto, quanto maior for a impressão, mais refinamento ela terá.
Vale destacar que há reconhecimento de cores, mas a limitação de uma impressão 3D fidedigna fica por conta da escassa opção de filamentos coloridos.
No geral, o 3D Sense representa uma boa evolução no segmento de digitalização 3D, tanto devido à facilidade de uso, quanto à tecnologia de reconhecimento criada pela PrimeSense para a 3D Systems. No Brasil, a Robtec é a representante oficial do 3D Sense. É importante lembrar que é possível usar o aparelho aliado a impressoras 3D de outras marcas. O único ponto relativamente negativo é a aplicação restrita do produto, que pode ser usado, essencialmente, na criação de modelos tridimensionais.
Volume de digitalização | de 20 centímetros até 3 metros |
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Conexão | USB 2.0 |
Precisão mínima: | 0,64 milímetro |
Formatos | STL, OBJ e PLY |
Prós | Portátil, fácil de usar, pode digitalizar pessoas e objetos, não requer calibração |
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Contras | Uso restritamente profissional |
Conclusão | Ótimo digitalizador 3D voltado para profissionais de design e prototipagem de produtos |
Média | 9.0 |
Preço | R$ 2.000 |