10 coisas que aprendemos sobre Mark Zuckerberg nesta semana
CEO contou segredos e planos para o Facebook
Lucas Agrela
Publicado em 16 de setembro de 2015 às 17h06.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h32.
São Paulo – Cofundador e CEO do Facebook , Mark Zuckerberg realizou nesta semana uma sessão de perguntas e respostas com usuários da rede social nos Estados Unidos. Na ocasião, pessoas de todo o mundo tiveram a oportunidade de satisfazer as curiosidades que tinham sobre temas variados. Conferências como essa se tornaram parte da rotina de Zuckerberg e são uma maneira do CEO se aproximar do público do Facebook. No ano passado, ele respondeu até mesmo porque utiliza a mesma camiseta em todas as aparições públicas. "Estou em uma posição de muita sorte, em que eu acordo todos os dias e ajudo mais de um bilhão de pessoas. E eu sinto que não estou fazendo o meu trabalho se eu gastar a minha energia em coisas que são bobas ou frívolas sobre a minha vida", declarou o CEO, à época. Confira a seguir mais dez coisas que aprendemos sobre Mark Zuckerberg e o Facebook nesta semana.
Depois de muitos anos e muitos pedidos dos usuários, o Zuckerberg finalmente ouviu sua comunidade e disse que o Facebook está trabalhando em um botão “Não Curtir”. Mas o funcionamento não tem caráter ofensivo. A ideia não é que alguém dê um voto negativo para um momento importante do seu dia. O que o Facebook quer é dar uma opção para demostrar empatia em momentos que não são felizes. O novo botão está perto de ser lançado, segundo Zuckerberg, mas ainda não tem data oficial de estreia.
O Facebook fez a estreia da sua ferramenta de transmissão de vídeos em tempo real via rede social. O recurso ainda não está disponível para os mais de 1,4 bilhão de usuários do site, mas estará em breve. O funcionamento dessa novidade é bastante semelhante ao que vemos no YouTube já há algum tempo.
O Facebook será uma plataforma de aprendizagem no futuro. Ao menos, o setor de educação está nos planos de Zuckerberg. "Pessoalmente, valorizo muito a educação, é importante dar às pessoas oportunidades iguais", disse o CEO. No entanto, na visão dele, as pessoas aprendem de maneiras diferentes e, por isso, sua ideia é investir em ensino personalizado. "Se você puder moldar experiência educacional para uma pessoa, ela terá capacidade de aprender muito mais do que da maneira tradicional do sistema de ensino", pontuou.
Diferentemente de Stephen Hawking ou de Elon Musk, Zuckerberg vê a inteligência artificial como uma forma de progresso para a humanidade e não acredita que estejamos à beira de uma dominação por robôs. "Toda nova tecnologia tem a capacidade de causar o bem e o mal. Mas sou otimista em relação à natureza humana. Acredito que usaremos isso para o bem", afirmou o CEO do Facebook. "As pessoas projetam um futuro em que coisas como essa tomaram controle do mundo, mas trabalhamos com isso no dia a dia e posso dizer que não estamos nem perto de criar algo com essa capacidade. Mal conseguimos fazer as coisas básicas funcionarem", disse, em tom de bricadeira. Zuckerberg crê que ainda é possível fazer com a IA, como diagnosticar e tratar pessoas de melhores maneiras utilizando computadores. "Eliminar acidentes de carros também, que é uma das maiorias causas de mortes no mundo. Tudo isso é inteligência artificial", declarou o CEO.
Ao atingir o marco de ter 1 bilhão de pessoas acessando o Facebook em um único dia, o que aconteceu em 24 de agosto, Zuckerberg comemorou menos do que se esperaria. Sim, houve uma festa na empresa, mas ele quer mais. "Celebramos, mas ainda faltam 6 bilhões para conectar. É isso que temos que fazer agora e é isso que vamos fazer", declarou o CEO, que tem projetos como o Internet.org que visam tornar o mundo mais conectado.
Zuckerberg acredita que as videochamadas no Messenger são o próximo passo do Facebook. O recurso já está disponível em alguns países – ncluindo o Brasil. O funcionamento não é diferente do que já vimos em soluções concorrentes, como o Skype e o Hangouts. As conferências são gratuitas e obtêm melhor qualidade quando feitas por redes Wi-Fi. O recurso é uma das coisas que diferenciam o Messenger do WhatsApp no momento.
O CEO do Facebook admitiu que não consegue dar conta de todo o trabalho em sua empresa sozinho, nem dar sugestões para todas as áreas em que o Facebook atua hoje em dia. Por isso, Zuckerberg contou que precisa escolher profissionais de competência e confiança para tocar setores importantes. O exemplo citado na sessão de perguntas e respostas foi o do ex-presidente do PayPal David Marcus, que hoje é o responsável pela gerência de produtos de mensagens, ou seja, toma decisões que afetam diretamente o Messenger. Para o cofundador da rede social, se ele não fizer isso, as pessoas vão procurar outros lugares onde possam fazer coisas mais impactantes.
Um internauta mandou um pedido para Zuckeberg durante a sessão ao vivo: "Por favor, use uma camiseta diferente!". A esse inusitado apelo, o CEO do Facebook respondeu: "Tenho um segredo: tenho cópias dessa camiseta em outras cores. Mas só as uso aos finais de semana".
O CEO do Facebook ainda não é pai, mas será em breve. Sua esposa, Priscilla Chan, está grávida, após três tentativas mal-sucedidas de ter um bebê. "É um momento muito empolgante quando você fica sabendo que será pai. Você começa a imaginar o futuro e a fazer planos", disse Zuckerberg. "Estou muito grato á posição que estou agora e a todas as orações que toda nossa comunidade tem feito."
Fotos impróprias são um problema para qualquer site em que o usuário tenha o poder de publicação. Questionado sobre o assunto, Zuckerberg informou que vê na inteligência artificial uma solução para essa questão. Atualmente, uma foto é marcada como imprópria, mas precisa passar para uma análise da empresa antes que ela seja tirada do ar. O CEO do Facebook estabeleceu um prazo para que essa atividade seja automatizada: cinco anos.