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Conheça as vinícolas brasileiras que valem a viagem

Napa Valley verde-amarelo ou Toscana nacional? Conheça vinícolas do país que valem a viagem — desde que a atual pandemia permita, é claro

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Daniel Salles

Publicado em 11 de março de 2021 às, 05h49.

Última atualização em 15 de março de 2021 às, 09h52.

GuaspariEspírito Santo do Pinhal, SP

Lá se vão 15 anos desde que a guaspari começou a sair do papel, em 2006, com o plantio de uvas em 6 hectares. De lá para cá, a vinícola se consolidou como uma das melhores do país — mesmo enraizada em Espírito Santo do Pinhal, no interior de São Paulo. Por trás do projeto, que custou uma quantia milionária, não divulgada, está a discreta família Guaspari, dona da holding MSP Participações, de empresas mineradoras. A iniciativa disse a que veio com os primeiros frutos, como o Syrah Vista da Serra 2011 e o Sauvignon Blanc 2012, que ganharam espaço cativo em restaurantes como Maní e Fasano e elogios do crítico inglês Steven Spurrier. O concurso Decanter World Wine Awards premiou o Vista do Chá 2012 e o Vista do Chá 2014 com a medalha de ouro. Como deu tão certo? O mérito, em boa parte, é do terroir, caracterizado pelo solo seco e granítico, altitude de 1.000 metros e amplitude térmica nos meses frios. Cinematográfica, a propriedade de 800 hectares (50 deles tomados por vinhedos) recebe turistas desde 2017. O passeio mais rápido inclui uma visita aos vinhedos e termina com a degustação de dois vinhos, a 98 reais por pessoa. 

(Arte)


CristofoliBento Gonçalves, RS

Cristofoli: oito tipos de experiências para entreter os visitantes e almoço por 145 reais por pessoa (Divulgação/Divulgação)

Nas mãos de uma família com 130 anos de tradição no mundo do vinho, a Cristofoli lista oito experiências para entreter os visitantes. O almoço harmonizado, servido no jardim da propriedade, custa 145 reais por pessoa e inclui pratos como ossobuco com polenta e bruschettas variadas. O piquenique em meio aos vinhedos, movido a vinhos, queijos, embutidos e afins, custa 195 reais para duas pessoas. 

(Arte/Exame)


FerreiraPiranguçu, MG

O pontapé da iniciativa de Dormovil Ferreira remonta há dez anos. Foi quando ele plantou em sua propriedade, próxima a São Bento do Sapucaí, em São Paulo, 225 mudas da uva merlot. A sugestão veio do engenheiro-agrônomo Rodrigo Ismael, que comanda o Entre Vilas, misto de restaurante e vinícola na mesma região. O primeiro vinho, bem artesanal e provavelmente cheio de defeitos, ficou pronto já no ano seguinte — foram apenas 18 garrafas. Hoje a vinícola dispõe de 20 hectares de vinhedos, cobertos dia e noite com mantas de plástico que protegem das chuvas excessivas da região, que poderiam encharcar as raízes. Dormovil adota o método de colheita tradicional — ou seja, no verão — e aposta em 14 variedades de uvas, da marselan à granache. Seus vinhos mais conhecidos são o Fumé Blanche, um sauvignon blanc elogiado (300 reais o da safra 2019), e o São Bernardo, tinto que mescla sete castas (250 reais, também de 2019). A vinícola promove degustações a partir de 100 reais por pessoa. 

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PizzatoBento Gonçalves, RS

Criada em 1999, foi um passo natural na trajetória da família que fundou a Pizzato — dedicada ao cultivo de uvas desde que um antepassado, Antônio Pizzato, trocou a Itália pelo Brasil no final do século 19. Ganhou projeção com vinhos como o Pizzato Merlot de Merlots Reserva (149,90 reais), o cabernet sauvignon Fausto de Pizzato (79,90 reais) e o tannat Nervi Reserva (139,90 reais). Instituídas a partir de 2011, as visitas já representam cerca de 25% do faturamento da Pizzato. Por 29 reais, cada visitante pode degustar cerca de seis vinhos e espumantes. As degustações harmonizadas que envolvem seis rótulos e seis queijos regionais, pães e azeite sai por 150 reais para duas pessoas. 

(Arte/Exame)


MioloBento Gonçalves, RS

(Divulgação/Divulgação)

No final de janeiro a Miolo, um dos nomes nacionais mais conhecidos do mundo do vinho, acrescentou mais uma atividade à sua lista de atrativos para os visitantes. Trata-se de uma degustação de espumantes ao ar livre, promovida a 45 metros de altura, no topo da torre da propriedade (ao preço de 90 reais por pessoa). Antes do espocar das garrafas, os visitantes — só são aceitos grupos pequenos — são convidados a explorar os vinhedos e a área de produção. A torre ganhou bancos, almofadas, toldo, TV, bancadas e nova iluminação, o que permite seu uso tanto de dia quanto à noite. É degustação com emoção. 

(Arte/Exame)


Cave do SolBento Gonçalves, RS

(Divulgação/Divulgação)

Instituída em setembro do ano passado, a Cave do Sol pertence a uma família que vive da produção de vinhos desde 1927 — o espumante Vitória Lúcia Nature (196,50 reais) e o cabernet sauvignon Vulcano (57,50 reais) são alguns dos rótulos mais conhecidos do portfólio. Dos mais de 5.000 metros quadrados de área construída, quase metade é dedicada ao enoturismo. Para não se limitar às degustações, a vinícola criou uma atividade que ganhou o nome de “saudação ao Sol”. Trata-se de uma aula de ioga e meditação que também envolve visita à propriedade e degustação de espumantes, sucos e antepastos (180 reais). A atividade ocorre no cômodo cujo piso foi decorado com um mosaico colorido inspirado no Sol — banhado, dia e noite, pela luz natural, graças a uma janela no teto.

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Villa Santa Maria | São Bento do Sapucaí, SP

Começou como muitas vinícolas têm início — com uma casa de campo. Foi para ter a deles que o investidor Marco Carbonari e sua mulher, Célia, arremataram uma área no município de São Bento do Sapucaí, na Serra da Mantiqueira, em 2001. Batizada de Villa Santa Maria, a propriedade começou a ganhar nova feição três anos depois, quando o casal resolveu dar vazão a um novo sonho, o de produzir vinhos. Sob a supervisão do viticultor Murillo Albuquerque Regina, foram plantadas 4.500 mudas de uvas, principalmente merlot, syrah, cabernet sauvignon e cabernet franc. Ampliada com o passar dos anos, hoje a propriedade se espalha por 90 hectares, dos quais 25 estão tomados por vinhedos. Assim como na Vinícola Guaspari, aqui também optou-se pela técnica da dupla poda — registre-se que os vinhos aqui, embora promissores, não se comparam aos da vinícola paulista. Todos os rótulos produzidos até agora foram batizados com o nome da avó de Marco, Brandina (1912-1996). O mais caro, um blend de uvas syrah e merlot, safra 2019, custa 199 reais. O branco que mescla sauvignon blanc e riesling, do mesmo ano, é vendido por 99 reais. Convém degustá-los nos instagramáveis jardins da sede, de arquitetura arrojada, ou no restaurante dela. Este último prepara receitas como ceviche de truta e agnolotti de muçarela de búfala ao molho de queijos (a sequência com couvert, entrada, prato principal e sobremesa custa 140 reais por pessoa). Visitas guiadas aos vinhedos custam simbólicos 10 reais.

(Arte/Exame)


Programa harmonizado

Lojas que também são bares e restaurantes tornam a compra de vinhos da Grand Cru bem mais atraentes 

Um dos chamarizes do Barletta, nos Jardins, em São Paulo, inaugurado no fim do ano passado, é o endereço — o mesmo de uma loja da Grand Cru. Cada estabelecimento tem a própria entrada, mas entre os dois não há divisória. A vantagem para quem vai ao winebar é poder consumir qualquer vinhos a preço de loja; para quem vai à Grand Cru é emendar as compras a um happy hour. Das 89 unidades da importadora, 72 são franquias e 56 têm um bar ou restaurante para chamar de seu, a cargo do franqueado ou de um terceiro. É uma das razões para o sucesso da importadora, da qual o grupo Aqua Capital detém 77% (a fatia restante pertence aos argentinos Victor e Mariano Levy, que fundaram a Grand Cru, em Buenos Aires, em 1998, e a Marcos Shayo). A empresa fechou 2020 com faturamento de 233 milhões de reais, 5% a mais em relação a 2019, e quer terminar o ano com 310 milhões de reais.  


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