Ponte inacabada vira monumento à má gestão de obras públicas
No Rio Grande do Sul, uma ponte que deveria receber tráfego desde 2010 está sem uso até agora
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A rodovia gaúcha ERS-332: após seis anos de asfalto, nada de ponte nova (Carine Pompermaier /Eco Regional)
Publicado em 10 de março de 2016 às, 05h56.
São Paulo – Quem transita pela rodovia gaúcha ERS-332, entre os municípios de Soledade e Arvorezinha, depara com um monumento à má execução de obras públicas. A ponte sobre o riacho Taipa, que deveria receber tráfego desde a inauguração do asfalto na rodovia, em 2010, está sem uso até agora — fica, praticamente, suspensa no ar.
O motivo: faltaram as cabeceiras para sua ligação com a estrada. O problema remonta ao início da construção, nos anos 90. O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), contratante do serviço, fez duas licitações: uma para a pavimentação, ao custo de 42 milhões de reais, e outra para a ponte, de 2,5 milhões.
A ordem de serviço da ponte atrasou e só saiu em março de 2012. Quando a estrutura foi concluída, nove meses depois, a construtora responsável pelo asfalto, e pelas cabeceiras, já havia removido o canteiro de obras. Os técnicos do Daer concluíram que sairia mais barato romper o contrato e chamar outra empreiteira do que exigir do fornecedor inicial o término do serviço.
Agora será preciso elaborar um novo projeto técnico e detalhar os custos do remendo. Enquanto isso, o trânsito segue pela ponte antiga, com mão única e feita de madeira — não raro, ela é palco de acidentes que poderiam ser evitados.
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