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Modelo em xeque: como o TikTok pressiona as receitas de Google e Meta

Ao fazer dos vídeos curtos a nova moda a ser copiada, a plataforma da chinesa ByteDance pode atingir as gigantes onde dói: no balanço

TikTok: receita obtida com usuários no formato de vídeos curtos é menor por ora (Nikolas Kokovlis/NurPhoto/Getty Images)

TikTok: receita obtida com usuários no formato de vídeos curtos é menor por ora (Nikolas Kokovlis/NurPhoto/Getty Images)

Carolina Riveira
Carolina Riveira

Repórter de Economia e Mundo

Publicado em 20 de abril de 2023 às 06h00.

Última atualização em 20 de abril de 2023 às 11h59.

Não é só pela preferência dos jovens que o TikTok tira o sono da concorrência. Ao fazer dos vídeos curtos a nova moda, a plataforma da chinesa ByteDance pode atingir as big techs onde dói: no balanço.

Dados da consultoria eMarketer sobre os Estados Unidos mostram que o TikTok, embora lidere em tempo de uso, tem receita de anúncios menor, de 0,28 centavo de dólar por hora. No Instagram, é 1,40 dólar por hora, por exemplo.

Atualmente, o modelo de vídeos curtos ainda é menos eficiente em mostrar anúncios aos usuários. Mark Zuckerberg, da Meta (dona de Instagram e Facebook), afirmou que a monetização do Reels, versão do Instagram que emula o TikTok, é menor. À medida que o Reels rouba tempo do feed tradicional, a empresa “perde dinheiro”, disse ele.

Quase 90% da receita de big techs como Meta e Alphabet (dona do Google) veio de publicidade em 2022. O fenômeno do TikTok e seus vídeos curtos forçará os gigantes da Califórnia a encontrar formas de seguir cobrando nos mesmos patamares — agora em vídeos de 15 segundos.


Esta reportagem faz parte da seção Visão Global, disponível na edição 1.250 da EXAME. Leia também as outras notas da seção: 

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