- Últimas notícias
- Revista EXAME
- YPO - Líderes Extraordinários
- Exame IN
- Brasil
- Clima
- PME & Negócios
- Exame CEO
- ExameLab
- Bússola
- Casual
- Inteligência Artificial
- Ciência
- Economia
- Colunistas
- Esfera Brasil
- Exame Agro
- Inovação
- Marketing
- Melhores e Maiores
- Mundo
- Mercado Imobiliário
- Net Zero
- POP
- Esporte
- Seguros
- Tecnologia
- Vídeos
- Expediente
Uma invasão chinesa em Taiwan é improvável nos próximos anos, diz analista da Eurasia
Ava Shen, da consultoria de risco Eurasia, falou à EXAME sobre as tensões no Estreito de Taiwan após visita da presidente Tsai Ing-wen aos EUA
Modo escuro

Publicado em 20 de abril de 2023 às, 06h00.
Última atualização em 20 de abril de 2023 às, 11h51.
Uma visita da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, ao presidente da Câmara dos EUA, Kevin McCarthy, ligou o alerta global neste mês. A China respondeu com mais exercícios militares, meses depois de a ex-mandatária da Câmara Nancy Pelosi ter ido ela própria a Taiwan.
Ava Shen, da consultoria de risco Eurasia, falou à EXAME sobre as tensões — que ocorreram ainda em meio à viagem do presidente Lula à China. Veja os principais trechos, editados para concisão.
Shen, da Eurasia: "Lula ainda quer manter boas relações com os Estados Unidos e a Europa e, portanto, é improvável que embarque em todas as iniciativas chinesas"
O que os movimentos de ambos os lados em Taiwan significam? Há uma escalada?
A reação militar da China mostra que Pequim quer impedir futuras reuniões de alto nível entre Estados Unidos e Taiwan. Mas a resposta foi abaixo do que no pós-viagem de Pelosi. Não representa uma escalada, a reação já era esperada. Apesar disso, elevou-se o nível das atividades no Estreito de Taiwan, e missões militares aéreas atingiram novos recordes.
Taiwan e China estão nesse conflito desde 1949. Quando as tensões voltaram a aumentar?
Sobretudo desde a eleição da presidente Tsai Ing-wen, em 2016. Logo no início, ela passou a rejeitar o conceito de “China única”, e a China aumentou a pressão militar e diplomática. Pequim historicamente não gosta de seu partido, o Partido Democrático Progressista (DPP), que percebe como “separatista”.
Além disso, as relações Estados Unidos-China se deterioram desde 2016, e a China tem sido perturbada pelo aprofundamento dos laços Estados Unidos-Taiwan, embora o governo americano ainda respeite a política de “China única”. Pequim recorre a demonstrações de força para dissuadir (sem sucesso) essa aproximação.
Um aspecto no radar é que Taiwan e Estados Unidos realizarão suas eleições presidenciais em 2024: um presidente do DPP em Taiwan e um republicano nos Estados Unidos aumentariam ainda mais as tensões.
Tsai Ing-wen, presidente de Taiwan: tensões com a China
Quando a guerra na Ucrânia começou, analistas apontaram que Taiwan poderia ser a próxima. Há um risco de fato?
A preocupação aumentou no Ocidente, mas uma invasão chinesa a Taiwan é muito improvável nos próximos anos. A China ainda prefere não recorrer a uma invasão, que cada vez mais soa cara e imprevisível, dado o que ocorre na Ucrânia.
Os militares chineses são inexperientes e ainda não têm as capacidades necessárias para ocupar Taiwan. Sanções contra a Rússia também alertaram Pequim sobre os riscos para sua economia.
Que implicações econômicas essas tensões podem gerar no resto do mundo?
Dado que a probabilidade atual de uma invasão é baixa, ainda não ocorreram interrupções significativas. No entanto, se as atividades militares chinesas se intensificarem ainda mais, com exercícios maiores e mais frequentes e a guarda costeira chinesa realizando inspeções em navios no Estreito de Taiwan, as empresas provavelmente enfrentarão graus de atrasos.
Xi Jinping e Lula: busca tende a ser por uma cooperação pragmática, diz Shen, da Eurasia
Esta entrevista está sendo feita com o presidente brasileiro Lula em viagem à China. Qual papel a senhora enxerga para esses países do chamado “Sul Global” na atual arena geopolítica?
Lula e Xi Jinping [presidente chinês] apoiam uma ordem mundial multipolar, na qual Brasil e China podem aumentar sua influência diplomática. Os dois estão investidos no Brics, que se molda para ser um fórum de desenvolvimento alternativo. Durante a visita de Lula, já foram assinados inúmeros acordos, como em tecnologia e infraestrutura. Os dois países tendem a tentar coordenar sua política externa e engajamento com o “Sul Global” antes da cúpula do Brics na África do Sul, em agosto.
No entanto, Lula e Xi só estão buscando uma cooperação pragmática. Lula ainda quer manter boas relações com os Estados Unidos e a Europa e, portanto, é improvável que embarque em todas as iniciativas chinesas.
Esta reportagem faz parte da seção Visão Global, disponível na edição 1.250 da EXAME. Leia também as outras notas da seção:
Créditos
Mais lidas em Revista Exame
Últimas Notícias
Na China, aumento da classe média incentiva liberação de sementes transgênicas
Há uma semana
Resistente a quedas: após crescer 50% na pandemia, a catarinense Oxford avança para outros mercados
Há uma semana
Branded contents
Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions
Com copos de plástico reciclado coletado no litoral brasileiro, Corona estreia no Primavera Sound
Com itens personalizados, Tramontina usa expertise para aproveitar alta dos presentes de fim de ano
Suvinil investe para criar embalagens e produtos mais sustentáveis
Inovação em nuvem e IA: a aposta da Huawei Cloud para o Brasil
Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.