Capital estrangeiro deu um passo para trás no Brasil em 2016
Num ano em que o Brasil atraiu menos capital estrangeiro para atividades produtivas, só os ingleses conseguiram vender mais
Minério da Anglo American: a empresa inglesa foi a que mais cresceu entre as 500 maiores do país (Dado Galdieri/Bloomberg/Bloomberg)
10 de agosto de 2017, 17h56
Com a recessão se arrastando no Brasil, o país se tornou um destino menos atraente para o investimento estrangeiro direto, aquele destinado a projetos de longo prazo e que custeia as atividades produtivas. De acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), o Brasil recebeu 50 bilhões de dólares de capital externo em 2016, ante 65 bilhões no ano anterior. A queda, de 23%, foi superior à média global — no mundo, os investimentos estrangeiros diretos caíram 13% no período. Vale lembrar que, em 2011, o Brasil recebeu 96 bilhões de dólares em investimentos estrangeiros produtivos. Ou seja, de lá para cá, o fluxo desse capital para o país caiu pela metade.
Não dá para não dar razão às multinacionais, que preferem aguardar o momento propício para colocar seu dinheiro no Brasil. No ano passado, entre os 16 principais grupos de empresas por origem do capital, apenas um conseguiu elevar as vendas por aqui: as companhias inglesas, cuja receita cresceu 10,5% (as empresas francesas cresceram 0,1%, ou seja, não saíram do lugar). O destaque entre as multinacionais inglesas foi a mineradora Anglo American, que, apoiada no crescimento de 76% de sua produção de minério de ferro, aumentou a receita em 157% — a maior taxa entre as 500 grandes empresas do Brasil. No outro extremo, quem mais perdeu receita no ano passado foram as multinacionais suecas, com 22% de queda nas vendas.






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