Acompanhe:
seloRevista Exame

As campeãs do Twitter

Uma pesquisa mostra como Starbucks, Dell e Google conseguiram, de fato, se aproximar dos consumidores utilizando as redes sociais

Modo escuro

Continua após a publicidade
Conquistou mais de 1 milhão de seguidores e reduziu de 49% para 20% as citações negativas à empresa (Divulgação)

Conquistou mais de 1 milhão de seguidores e reduziu de 49% para 20% as citações negativas à empresa (Divulgação)

J
Juliana Borges

Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às, 11h38.

Estar presente em redes sociais como Facebook, Orkut e Twitter se tornou uma obsessão para empresas de todo o mundo nos últimos tempos. Um levantamento recente da agência de comunicação Burson Marsteller revela que, das 100 maiores companhias do mundo, 79 estão presentes em alguma dessas redes - a maioria delas tentando desesperadamente estabelecer uma comunicação mais direta com seus consumidores. Segundo um estudo recém-divulgado pela consultoria americana Altimeter Group, cinco empresas estão conseguindo ganhar esse jogo: Starbucks, Dell, eBay, Google e Microsoft. Para chegar a esse resultado, a consultoria analisou critérios como quantidade de sites em que a marca está presente, número de posts por dia e tipo de post colocado (se para responder dúvidas de clientes ou só divulgar eventos e promoções, por exemplo). "Diferentemente de outras marcas, elas entenderam que canais diferentes requerem atitudes diferentes", diz Abel Reis, presidente da AgênciaClick. "Não adianta usar o Twitter só para despejar um monte de blá-blá-blá em cima do consumidor. É preciso criar uma sensação de que ele é parte importante da empresa."

Nenhuma dessas empresas vem sendo tão transformada pela força das redes sociais quanto a cadeia americana de cafeterias Starbucks. Tudo começou em 2008, quando o movimento nas lojas caiu pela primeira vez depois de quase uma década de crescimento ininterrupto.

Como parte da estratégia para reverter essa situação, o presidente e fundador da companhia, Howard Schultz, lançou naquele ano uma comunidade virtual para que os clientes pudessem fazer sugestões e perguntas e, em alguns casos, expor suas frustrações - o MyStarbucks- Idea.com. A ideia agradou aos internautas: ao longo de dois anos, 180 000 usuários cadastrados contribuíram com 80 000 ideias - 50 foram colocadas em prática nas lojas e ajudaram a rede a voltar a crescer. A experiência estimulou os executivos da Starbucks a expor a companhia ainda mais na web. A empresa tem hoje mais de 7,9 milhões de fãs no Facebook. No Twitter, é a marca mais comentada do mundo, com mais de 1,5 milhão de citações e 926 000 seguidores. Um dos movimentos mais recentes da empresa para engajar seus consumidores aconteceu no dia 19 de março. A Starbucks reuniu dezenas de funcionários na Madison Square, no centro de Nova York, para gravar um vídeo convocando seus consumidores a trocar copinhos de papel descartáveis por canecas metálicas de material reciclado - uma ação de cunho ambiental em comemoração ao razoavelmente desconhecido Dia do Planeta. O vídeo recebeu pouquíssima atenção por parte dos veículos tradicionais, mas teve enorme repercussão nas páginas da empresa no Facebook e no Twitter. A campanha foi vista mais de 1 milhão de vezes no YouTube e gerou cerca de 400 000 comentários na rede.

Assim como a Starbucks, as outras vencedoras da lista têm tratado as redes sociais como parte vital de sua estratégia de marketing - e não como um mero hype. A Dell oferece um dos melhores exemplos dessa nova postura. Entre 2005 e 2006, a empresa foi execrada na web por blogueiros e outros internautas insatisfeitos com o péssimo serviço de atendimento ao cliente que era oferecido (o fato de alguns de seus laptops pegarem fogo espontaneamente, sem nenhuma causa aparente, também não ajudou). Nos últimos dois anos, a Dell destacou dez funcionários de áreas como educação, marketing e tecnologia para esclarecer dúvidas e conversar com consumidores via Twitter, Facebook e seu blog, o ideastorm. com. Eles dedicam aproximadamente 30 minutos do dia à tarefa, que já é encarada como algo tão corriqueiro quanto trocar e-mails ou falar ao telefone. Em pouco mais de um ano, as referências negativas à empresa na internet caíram de 49% para 20% do total de comentários. "Para criar um vínculo real com os consumidores, é preciso estabelecer uma relação de troca, em que a companhia também seja capaz de aprender alguma coisa", afirma Alessandro Barbosa Lima, presidente da E.Life, agência especializada em monitoramento e análise de mídias digitais. Uma lição que a maioria das companhias ainda precisa aprender.

Últimas Notícias

Ver mais
Rebelião em Franco da Rocha foi questão pontual, diz Alckmin
Brasil

Rebelião em Franco da Rocha foi questão pontual, diz Alckmin

Há 7 anos

Tarifas da CPFL Piratininga, Bandeirante e Celg diminuirão
seloNegócios

Tarifas da CPFL Piratininga, Bandeirante e Celg diminuirão

Há 7 anos

Tarifas da CPFL Piratininga, Bandeirante e Celg diminuirão
seloNegócios

Tarifas da CPFL Piratininga, Bandeirante e Celg diminuirão

Há 7 anos

Estudantes em SP protestam contra reforma do ensino médio
Brasil

Estudantes em SP protestam contra reforma do ensino médio

Há 7 anos

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais