Pedro de Godoy Bueno, CEO da Dasa: plataforma com 6,4 milhões de usuários (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de Negócios
Publicado em 14 de setembro de 2023 às 06h00.
Última atualização em 14 de setembro de 2023 às 06h42.
O ano de 2022 foi de comprovação de teses de negócios no gigante de saúde Dasa. Conhecida pelas marcas de exames laboratoriais (como Delboni Auriemo, Lavoisier e Salomão Zoppi), a empresa liderada por Pedro de Godoy Bueno apostou na aquisição de hospitais.
De 2019 para cá, a Dasa passou por uma fusão com o Grupo Ímpar, dono do 9 de Julho, um dos hospitais referência na capital paulista, e saiu às compras. Na lista estão redes como Hospital da Bahia, Leforte, em São Paulo, e Marimed, no Paraná.
Metade das receitas do Grupo Dasa já vem dos serviços de medicina hospitalar e oncológica. “Nós atendemos milhões de pessoas no diagnóstico e, muitas vezes, descobrimos em um exame de radiologia que o paciente tem uma doença grave. Com isso, podemos falar com o médico que prescreveu os exames, passar a situação e direcionar o atendimento para um de nossos hospitais”, diz Bueno.
Tudo desemboca no Nav, uma plataforma lançada em 2021 para agendamento e checagem de resultados de exames. “O Nav quer conectar toda a rede, e ainda estamos só no início da jornada”, diz. Em 2022, passaram pela plataforma 6,4 milhões de usuários e 37.000 médicos.
A combinação entre expansão orgânica das receitas e o crescimento resultante das aquisições fez o Grupo Dasa fechar 2022 com 13,1 bilhões de reais em receita líquida, alta anual de 26%. Ao que tudo indica, a comprovação das teses segue em 2023. Nos primeiros seis meses deste ano, a receita cresceu mais 12%.