Mês de setembro terá vários fenômenos astronômicos (AFP/AFP)
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Publicado em 1 de setembro de 2024 às 14h34.
Última atualização em 1 de setembro de 2024 às 14h46.
Os entusiastas por fenômenos astronômicos podem se preparar para setembro, mês que será repleto de 'eventos estranhos' que geralmente atraem os observadores. A temporada promete um eclipse lunar parcial, a passagem do cometa C/2023 A3 (Tsuchinschan-ATLAS) e várias conjunções celestes.
Para quem não está dispostos a esperar, o primeiro dia do mês já conta com uma conjunção entre a Lua e Mercúrio na constelação de Leão.
Já no dia 17 de setembro, além de uma Superlua cheia — quando a Lua está no perigeu, seu ponto mais próximo da Terra —, haverá um eclipse lunar parcial. Isso significa que uma pequena parte da Lua será encoberta pela sombra da Terra.
Embora esse fenômeno possa ser visto a olho nu, o eclipse parcial deste mês deve ser pouco perceptível, afetando apenas 0,08% da superfície lunar.
Na última semana de setembro, também será possível observar a passagem do cometa C/2023 A3 (Tsuchinschan-ATLAS), que é conhecido como um possível "cometa do século" em razão do seu potencial de brilho intenso no céu noturno. O cometa passará pelo ponto mais próximo do Sol em 27 de setembro, mas o melhor período para observação será em outubro, quando se aproximará da Terra.
O mês de setembro também oferece a oportunidade de ver os planetas Saturno e Netuno em oposição ao Sol. Durante a oposição, a Terra se posiciona entre o Sol e o planeta, tornando-o mais brilhante e visível.
Os próximos 30 dias serão marcados por várias conjunções celestes, que ocorrem quando dois ou mais corpos celestes parecem estar próximos no céu — uma ilusão, já que eles estão separados por vastas distâncias no espaço. Essas conjunções geralmente são visíveis a olho nu e proporcionam ótimas oportunidades para fotos astronômicas.
As ocorrências são apresentadas no guia de efemérides do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Veja a seguir:
Conjunção entre a Lua e Mercúrio na constelação de Leão. Os astros estarão muito próximos do horizonte oeste durante o crepúsculo, antes do amanhecer.
Conjunção entre a Lua e Vênus antes do anoitecer, na direção oeste, na constelação de Virgem. Nos dias 4 e 5, a Lua, Vênus e a estrela Spica formarão um belo trio celeste.
Saturno em oposição ao Sol. O planeta poderá ser visto durante toda a noite na constelação de Aquário.
Conjunção entre a Lua e Saturno no começo da noite, na direção leste, na constelação de Aquário. Além disso, a Lua Cheia em evento de Superlua poderá ser observada durante toda a noite na mesma constelação. Também ocorrerá um eclipse lunar parcial, visível em todas as Américas na transição da noite do dia 17 para o dia 18. O eclipse será bastante tênue, com a Lua sendo coberta em apenas 0,08%.
Netuno em oposição ao Sol. O planeta poderá ser visto (com o auxílio de pequenos telescópios em céus escuros) durante toda a noite na constelação de Áries.
Equinócio de primavera no hemisfério sul (início da primavera) às 09h43.
Conjunção entre a Lua e Júpiter na metade da noite, na direção leste, na constelação de Touro.
Conjunção entre a Lua e Marte no começo da madrugada, na direção leste, na constelação de Gêmeos.
Periélio do cometa C/2023 A3 (Tsuchinschan-ATLAS). Este cometa estará visível, com o auxílio de binóculos e possivelmente a olho nu, em céus escuros, na última semana do mês, quando transitará pela constelação de Sextante, na direção leste.