Vista do Mediterrâneo a partir de castelo dos cavaleiros templários: Israel recebe visitantes para escavações (Getty Images/Getty Images)
Carla Aranha
Publicado em 27 de janeiro de 2022 às 12h07.
Última atualização em 27 de janeiro de 2022 às 14h17.
Conhecido pelos inúmeros sítios arqueológicos, da época do Antigo e Novo Testamento, muitos deles à beira do Mediterrâneo, Israel decidiu abrir a próxima temporada de escavações para interessados do mundo todo. O objetivo é tornar a arqueologia mais acessível, além de atrair visitantes. A partir de maio, pelo menos dez localidades devem receber candidatos a Indiana Jones — em geral, os programas para estrangeiros duram entre uma semana e um mês. É preciso apresentar o certificado de vacinação e testes de covid podem ser solicitados.
Na região da Galileia, Tel Kabri possui um chamariz inigualável, com a maior e mais antiga vinícola já encontrada no Oriente Médio e resquícios de diversas formas de arte da Antiguidade. A temporada de escavações começa em meados de junho, com inscrições abertas até 15 de março. Os módulos são semanais — o preço em geral cobre gastos com hospedagem (https://www.biblicalarchaeology.org/dig/tel-kabri-2/).
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Em Acre, nas praias do Mediterrâneo, voluntários poderão trabalhar junto com os arqueólogos em escavações na área com estruturas remanescentes de uma antiga cidade fundada pelos fenícios, povo de origem semita que criou algumas das primeiras rotas de navegação. O programa dura duas semanas, com início em julho (https://www.biblicalarchaeology.org/dig/tel-akko-3/).
Há ainda opções em outros países do Oriente Médio, como a Jordânia, Turquia e Tunísia. Na Jordânia, um dos sítios arqueológicos mais em voga é o Khirbat al-Baluʿa, perto do castelo Karak, dos cavaleiros templários. Na próxima temporada de escavações, com início em junho, um dos principais focos deverá ser o antigo centro urbano, de mais de 2.500 anos atrás. O valor para dez dias é de US$ 1.500 (https://lasierra.edu/cnea/projects/balua-regional-archaeological-project-brap/).
Na Tunísia, Cartago reúne algumas das praias mais deslumbrantes do Mediterrâneo e construções remanescentes da antiga cidade greco-romana que a tornou famosa há mais de dois milênios. Cartago foi um dos maiores centros de comércio (e poder) do mundo antigo: fundada por volta de 800 a.C, estendeu seus domínios para Sícila, na Itália, e a Península Ibérica. Sobreviveu a guerras contra o Império Romano e às Cruzadas, na Idade Média. Um programa do Instituto Arqueológico Sanisera permite a participação do público nos trabalhos de escavações no local (http://archaeology.institute/054-dig-in-the-circular-monument-of-carthage.asp).