(EmCasa/Divulgação)
A proptech EmCasa anunciou nesta quinta-feira, 7, que está ampliando seu alcance e iniciando suas operações no interior paulista e na região metropolina do estado. Esse é o primeiro grande passo da startup desde o aporte de 100 milhões de reais recebidos em uma rodada série B com os fundos de venture capital Igah Ventures, Globo Ventures, Monashees, MAYA Capital, Pear Ventures, NBV, ONEVC e Flybridge.
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A cidade escolhida para marcar a expansão da empresa para fora das capitais do Rio de Janeiro e São Paulo foi São José dos Campos e, na região metropolitana, as cidades de São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano (região apelidada de ABC paulista).
Segundo a empresa, cada nova região terá um modelo de atuação específico. No caso do ABC, a ideia é ampliar o número de imóveis para compradores e vendedores que estão na cidade de São Paulo, além de incluir propriedades das três cidades da região na plataforma. A startup também anunciou a abertura de um novo escritório em São Bernardo do Campo com um time de funcionários locais que irá se dedicar exclusivamente à área.
Já em São José dos Campos, no interior do estado, a ideia é começar do zero, do mapeamento de áreas a escolha de parceiros.
Com a atuação das novas praças, a expectativa da EmCasa é acelerar ainda mais seu ritmo de crescimento - atualmente, de 20% ao mês. Só no ABC, por exemplo, o investimento deve trazer um crescimento mensal de 300%, segundo projeções da startup. Até o final do ano, a estimativa é ter até 1.500 imóveis para venda em cada cidade.
As novas cidades fazem parte de um plano de crescimento da EmCasa que prevê, entre outras coisas, um faturamento de 50 milhões de reais em 2021, e 1 bilhão em vendas transacionadas.
Fundada em 2018 por Gustavo Vaz, Lucas Cardozo e Gabriel Laet, a EmCasa quer oferecer a melhor experiência para quem compra ou vende imóveis no Brasil. Para isso, a empresa se propõe a unir tecnologia e corretores para garantir vendas mais intuitivas e suporte contínuo durante a busca por uma propriedade.
A tecnologia da startup funciona a base de algoritmos, que determinam o melhor corretor para cada perfil de cliente, em uma espécie de “match” do mercado imobiliário.
A proptech também recomenda o grupo de imóveis mais adequado para venda com base na navegação de um comprador no próprio site, o que facilita a recomendação dos corretores aos clientes. “Criamos basicamente uma nova profissão, reinventando o papel do consultor e facilitando muito sua jornada”, disse Vaz em entrevista à EXAME.
Em outra frente, a tecnologia também desempenha um papel de gestão, com assistência contínua durante as atividades do corretor — que agora recebe o nome de especialista de vendas. “O sistema entende a particularidade de cada comprador e guia o especialista a dar as melhores respostas com base no que o cliente precisa naquele momento”, diz.
Outro diferencial da empresa está na inclusão de todos os especialistas de vendas no próprio time da startup. Todos os vendedores são funcionários contratados e recebem salários fixos, o que desvincula a profissão da necessidade de ter ganhos atrelados às vendas, as famosas comissões. “Os profissionais se sentem bem menos pressionados, tornando o processo mais simples, mais seguro e descomplicado para os clientes”, diz o CEO.
A estratégia de expansão regional já havia sido antecipada em julho, quando a empresa recebeu o investimento milionário. Junto do desejo de estar em mais lugares, a proptech também estimou um crescimento em sua equipe de vendas — naquela época, com 80 especialistas. Depois disso, a startup já até mesmo abriu um processo seletivo de longa duração, com mais de 200 vagas até o final do ano.