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Vivo lucra mais no 1o tri, mas abaixo do esperado

De janeiro a março, empresa teve lucro de 191,9 milhões de reais, mas o número ficou abaixo do esperado

Uma das lojas da Vivo, em São Paulo: lucro da empresa aumentou 44,3% em relação ao mesmo período do ano passado. (.)

Uma das lojas da Vivo, em São Paulo: lucro da empresa aumentou 44,3% em relação ao mesmo período do ano passado. (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

São Paulo - A melhora do desempenho operacional e, principalmente, financeiro fez a Vivo ampliar em 44,3 por cento o lucro no primeiro trimestre ante igual período de 2009, mas ainda assim o resultado da maior operadora celular do país ficou aquém da estimativa do mercado.

A empresa, cujo controle é repartido por Telefónica e Portugal Telecom, teve lucro de 191,9 milhões de reais de janeiro a março, contra 133 milhões de reais um ano antes. A projeção média de seis analistas consultados pela Reuters era de ganho de 267 milhões de reais.

A empresa terminou março com quase 54 milhões de assinantes, aumento de 18,2 por cento em 12 meses, com adição de 2,2 milhões de clientes apenas nos primeiros três meses deste ano, com destaque para a conquista de usuários pós-pagos. Com isso, a Vivo encerrou o primeiro trimestre com 30,12 por cento de participação no mercado nacional.

O "churn" - pessoas que deixaram a rede Vivo - permaneceu estável em 2,5 por cento.

A receita líquida de serviços foi de 3,9 bilhões de reais no último trimestre, com expansão de 5,8 por cento sobre os três primeiros meses de 2009.

A receita média por usuário (Arpu, na sigla em inglês) foi de 24,8 reais no primeiro trimestre, queda de 9,2 por cento na comparação anual, "decorrente da política de adequação de preços ao mercado, com objetivo de crescimento da base de clientes e consequente aumento de receitas".


O Arpu apenas de transmissão de dados subiu 30,3 por cento no primeiro trimestre, sobretudo pelo maior uso do serviço Vivo Internet. Ao mesmo tempo, a base de clientes com planos de dados 3G, por meio de smartphones e placas de conexão rápida à Web, cresceu 149 por cento.

A geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) subiu para 1,27 bilhão de reais de janeiro a março, contra 1,23 bilhão de reais em igual período de 2009.

A margem Ebitda teve ligeira queda de 0,3 ponto percentual na mesma base de comparação, para 30,1 por cento nos três meses encerrados em março de 2010.

As despesas financeiras líquidas diminuíram em quase dois terços no primeiro trimestre ante o mesmo intervalo do ano passado, para 58,3 milhões de reais, beneficiando o lucro líquido contábil.

A melhora da linha financeira foi possível, sobretudo, pela redução do endividamento, após o pagamento de dívidas de licenças 3G à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que foram quitadas em outubro.

A Vivo tinha no fim de março endividamento bruto de 4,8 bilhões de reais, contra 7,7 bilhões de reais um ano antes, quando ainda carregava no balanço dívidas pela compra das licenças 3G.

A companhia encerrou o primeiro trimestre com 858 milhões de reais em caixa e disponíveis, ficando assim com dívida líquida de 3,9 bilhões de reais, representando 0,75 vez seu Ebitda anualizado.


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