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Vale prevê reduzir investimentos para US$4,5 bi em 2017

Os aportes da companhia cairiam novamente em 2019, para 4 bilhões de dólares e seguiriam nessa trajetória nos anos seguintes

Vale: em 2018, a empresa também prevê investir 4,5 bilhões de dólares (REUTERS/Sérgio Moraes)

Vale: em 2018, a empresa também prevê investir 4,5 bilhões de dólares (REUTERS/Sérgio Moraes)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de novembro de 2016 às 15h43.

Última atualização em 29 de novembro de 2016 às 15h52.

Nova York e Rio - A Vale apresentou nesta terça-feira, 29, na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse) suas projeções de investimento para os próximos anos, com estimativa de queda. A expectativa é que em 2017 os gastos (capex) da mineradora fiquem em US$ 4,5 bilhões, abaixo dos US$ 5,6 bilhões estimados para 2016.

Para 2018, o investimento deve ficar no mesmo patamar do esperado para o ano que vem, caindo para US$ 4 bilhões em 2019.

Os números foram apresentados pelo diretor executivo financeiro da Vale, Luciano Siani, que destacou que a companhia deve ter patamar de investimento menor nos próximos anos quando comparado com outras mineradoras do mundo.

Em 2021, a estimativa da empresa é de capex de US$ 2,9 bilhões.

Siani afirmou que os investimentos da Vale nos próximos anos serão em sua maioria em manutenção e reposição de capacidade.

Também na apresentação, o presidente da companhia, Murilo Ferreira, disse que desde 2012 até 2016 os gastos com investimento da mineradora caíram 65%.

Em 2012, o montante bateu em US$ 16,2 bilhões. A implementação bem-sucedida de projetos aliada a disciplina na alocação de capital, permitiu a redução dos investimentos, ressaltou o executivo.

"O mercado acionário foi muito duro com a Vale", disse Siani, destacando que a companhia está caminhando em direção a menor alavancagem, geração de caixa e maior eficiência.

Para 2017, o executivo destacou que o mercado espera que a empresa tenha fluxo de caixa positivo. A projeção da empresa é que o fluxo de caixa livre acumulado pode atingir mais de US$ 19 bilhões em 2021.

Sobre o endividamento, Siani ressaltou que, com base nas estimativas de agora, a Vale tem US$ 12,4 bilhões de dívida para amortizar entre 2017 e 2020 e está em uma situação confortável.

A empresa tem US$ 5 bilhões com os bancos em linhas de crédito rotativo, de acordo com a apresentação mostrada no evento.

Caso o preço do minério de ferro fique na casa dos US$ 50 a tonelada, Siani destacou que a distribuição de dividendos pode atingir níveis mais altos e a dívida se reduzirá.

Caso o preço suba para US$ 60, a distribuição dos dividendos certamente será maior e a dívida se reduzirá "rapidamente".

Carvão

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) dos negócios de carvão da Vale deve ficar positivo em 2017, disse o diretor para a área da companhia, Roger Downey, durante apresentação para investidores da empresa em Nova York nesta terça-feira, 29.

A projeção é que o Ebitda ajustado fique negativo este ano em um intervalo entre US$ 175 milhões e US$ 200 milhões. Em 2017, a previsão é que o indicador esteja positivo entre US$ 250 milhões e US$ 600 milhões.

O Ebitda ajustado da operação de carvão se aproximou do ponto de equilíbrio no terceiro trimestre, mas ainda está negativo em US$ 161 milhões no acumulado do ano.

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