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Vale diz que presidente interino manterá diálogo aberto

Eduardo Bartolomeo foi escolhido como presidente interino da mineradora após o afastamento de Fábio Schvartsman

fabio-schvartsman Vale (Ueslei Marcelino/Reuters)

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EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de março de 2019 às 11h43.

São Paulo - A Vale distribuiu nesta segunda-feira, 4, um comunicado com mais informações sobre Eduardo Bartolomeo, escolhido como presidente interino da mineradora após o afastamento de Fábio Schvartsman. De acordo com a empresa, o executivo, "reconhecido por acumular experiências distintas e ao mesmo tempo conhecer o negócio da Vale, manterá um diálogo aberto e transparente com os diversos stakeholders da companhia".

Além de Schvartsman, outros três diretores também fizeram o pedido de afastamento: Gerd Peter Poppinga (Diretor-Executivo de Ferrosos e Carvão), Lucio Flavio Gallon Cavalli (Diretor de Planejamento e Desenvolvimento de Ferrosos e Carvão) e Silmar Magalhães Silva (Diretor de Operações do Corredor Sudeste).

Segundo a mineradora, a escolha de Bartolomeo seguiu o processo sucessório de acordo com o plano de interinidade previamente discutido pelo Conselho de Administração. "Sua escolha está alinhada com o objetivo de trazer um executivo sênior para garantir estabilidade às operações da Vale, continuidade do processo de indenização, reparação e mitigação dos efeitos do rompimento da Barragem I da Mina do Córrego do Feijão", afirmou a Vale no texto.

A empresa forneceu um detalhamento das recentes funções de Bartolomeo e também enumerou suas qualidades, ao dizer que ele "é um executivo sênior com sólida experiência em operações integradas de bulk commodities, supply chain, e turnaround de negócios". De acordo com o comunicado, Bartolomeo "possui experiência em liderar operações complexas e estabelecer uma cultura de excelência operacional".

No texto, a Vale diz que o executivo possui experiência de 10 anos na Vale, já tendo exercido a posição de diretor-executivo de Logística, Operações Integradas de Bulk Commodities (minério de ferro, carvão e manganês) e, mais recentemente, como diretor-executivo de Metais Básicos. Foi também membro do Conselho de Administração, do Comitê Financeiro e do Comitê de Governança, Conformidade e Risco da Vale entre 2016 e 2017, acrescentou a companhia.

Bartolomeo também trabalhou na Ambev entre 1994 e 2003, "tendo exercido funções executivas, sendo a última como diretor de Operações" e, segundo o comunicado da Vale, possui também experiência como diretor-presidente e conselheiro em outras empresas.

Trajetória

Na gestão de Roger Agnelli, que durou dez anos e se encerrou em 2011, passou por dois cargos: nos primeiros dois anos na mineradora, de 2004 a 2006, ele foi diretor do departamento de operações logísticas. Em 2007, foi promovido a diretor executivo da mineradora, gerenciando operações e minas, ferrovias e portos. Nessa época, liderava uma equipe de 60 mil funcionários.

Pouco tempo depois da saída de Agnelli, em 2011, após forte pressão do governo Dilma Rousseff para a troca do comando da mineradora, o presidente interino deixou as funções executivas da companhia durante a gestão de Murilo Ferreira, que se estendeu até 2017.

No fim da gestão de Ferreira, em setembro de 2016, Bartolomeo foi escolhido para representar o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (BNDES) no conselho da empresa, em cargo que já havia ocupado por Luciano Coutinho, ex-presidente do banco de fomento. Permaneceu na posição até dezembro de 2017.

Bartolomeo voltou à companhia por intermédio de Schvartsman, um mês após deixar o conselho. Em janeiro de 2018, assumiu a diretoria executiva de metais básicos da companhia. Somada à experiência na gestão de Agnelli, o executivo acumula quase uma década como executivo da mineradora.

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