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Última semana da temporada de balanços tem Azul, Qualicorp e IMC

Resultados do terceiro trimestre mostraram quem ganhou com a pandemia, quem começou a se recuperar do tombo e quem precisa de mais tempo para se reeguer

 (Amanda Perobelli/Reuters Business)

(Amanda Perobelli/Reuters Business)

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Denyse Godoy

Publicado em 16 de novembro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 16 de novembro de 2020 às 09h33.

Esta é a última semana da temporada de divulgação de balanços das empresas abertas referentes ao terceiro trimestre do ano. Nesta segunda-feira (16) saem os resultados da companhia aérea Azul, da operadora de planos de saúde Qualicorp e da International Meal Company (IMC) – que administra redes de restaurantes como Viena, Frango Assado e Pizza Hut no Brasil –, restando poucos para os próximos dias.

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As expectativas de que, no terceiro trimestre, com a reabertura da economia apos o pico de transmissão do novo coronavírus, as empresas começariam a mostrar uma recuperação no faturamento e nos lucros se cumpriram em diferentes graus para cada setor.

Os de produtos de primeira necessidade como supermercados e farmácias tiveram saltos nas vendas e devem ver a demanda se estabilizar em patamares próximos do pré-pandemia no quarto trimestre. Algumas companhias foram muito beneficiadas pelas mudanças de hábito do consumidor provocadas pela pandemia, como as que têm uma operação de comércio eletrônico forte. Mas um sistema de comercialização pela internet fez a diferença para todo tipo de empresa. Também foi democrática a redução nas margens de lucros: com o aumento do desemprego e a redução da renda de boa parte das famílias, promoções e ofertas ajudaram a atrair o consumidor. O auxílio-emergencial de 600 reais mensais para trabalhadores que perderam a renda com a crise foi essencial para evitar uma queda maior.

Dos setores que sofreram com a covid-19, o financeiro teve danos mais leves. Os bancos precisaram aumentar as provisões para devedores duvidosos e permitiram que os clientes empurrassem o pagamento de dívidas para o final do ano, torcendo que a pandemia tivesse passado.

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O desastre ficou para as companhias do setor de viagens e turismo, das de aviação às que vendem passeios e hospedagem. A quarentena imposta no país e o medo de contaminação esvaziaram hoteis e aviões, além de precipitar uma avalanche de cancelamentos. Para esse setor, a recuperação vai ser muito mais lenta e gradual.

A esperança de que uma vacina comece a trazer a normalidade (mesmo que diferente da normalidade anterior) de volta têm feito os investidores manter a experança. A bolsa de valores B3 tem refletido o otimismo: após cair 42% entre janeiro e março, já subiu 67%, voltando na semana passada ao patamar de antes da crise.

Mas a pandemia não acabou. Em todo o país, vêm surgindo focos de reaceleração da transmissão da covid-19, e ainda não se sabe quando efetivamente vai começar a vacinação. Até lá, sem o auxílio emergencial do governo, não dá para dizer que o pior já passou para as empresas.

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