Sede do UniCredit em Milão: executivos do banco são acusados de terem ajudado empresário supostamente ligado à máfia (Alessandro Garofalo/Reuters)
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2015 às 11h54.
Florença - Um tribunal italiano disse neste sábado que não há provas que apoiem as acusações de que executivos do maior banco do país em ativos, o UniCredit, teriam ajudado um empresário que supostamente teria ligações com a máfia da Sicília, segundo documentos da corte.
O vice-presidente do Conselho do UniCredit, Fabrizio Palenzona, e outros dois executivos estão sob investigação de promotores que atuam contra a máfia.
Mas um tribunal de Florença anulou neste sábado os mandados de busca e apreensão, dizendo que não há evidências que suportem as acusações de fraude e ajuda à máfia.
“O tribunal não pode fazer mais nada além de reconhecer que o mandado de busca e apreensão, anulado hoje, era baseado no nada”, disse o advogado de Palenzona, Massimo Dinoia, em comunicado.
Promotores alegam que o executivo e dois colegas do banco ajudaram a realizar a reestruturação da dívida de Andrea Bulgarella, um empresário acusado pelos promotores de ter ligações com Matteo Messina Denaro, um dos homens mais procurados do país.
Mas a corte de Florença disse neste sábado que o UniCredit nunca aprovou plano algum de reestruturação da dívida do grupo de Bulgarella.