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Toyota abandona diesel em novo modelo após dieselgate

A fabricante de automóveis japonês decidiu "nos últimos seis a 12 meses" não oferecer uma versão diesel do carro, apresentado no Salão do Automóvel de Paris


	Toyota: segundo o vice-presidente, a demanda para a tecnologia de 'powertrain' está caindo acentuadamente
 (Toru Hanai/Reuters)

Toyota: segundo o vice-presidente, a demanda para a tecnologia de 'powertrain' está caindo acentuadamente (Toru Hanai/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2016 às 16h23.

Paris - A Toyota vai retirar motores a diesel de seu novo compacto C-HR na esteira do escândalo de emissões da Volkswagen e provavelmente fará o mesmo nas futuras renovações de modelo, afirmou um executivo da montadora nesta quinta-feira.

A fabricante de automóveis japonês decidiu "nos últimos seis a 12 meses" não oferecer uma versão diesel do carro, apresentado no Salão do Automóvel de Paris, porque a demanda para a tecnologia de 'powertrain' está caindo acentuadamente, disse à Reuters o vice-presidente executivo, Didier Leroy.

"Se tivéssemos hoje que renovar outros modelos e incluindo o compacto Auris maior, nós provavelmente faríamos a mesma coisa", acrescentou Leroy.

A decisão da Toyota é o mais recente exemplo de como o chamado escândalo "dieselgate" está forçando as montadoras a reescreverem os planos estratégicos que vão moldar seu futuro nos próximos anos.

A Reuters informou este mês que a Renault espera que os motores diesel desapareçam da maioria de seus carros europeus após a montadora francesa reavaliar os custos de cumprimento das normas de emissões mais rigorosos na sequência do escândalo da Volkswagen.

Embora o escândalo tenha focado na fraude do software da montadora alemã, também concentrou a atenção do público na disparidade toda a indústria entre as emissões de óxido de nítrico na estrada e os registrados em testes regulamentares.

A partir de 2019, as aprovações de veículos dependerão do desempenho das emissões durante a condução real. Isso está fazendo fabricantes a instalarem sistemas de tratamento de emissões mais caros.

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