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Tera, edtech que forma alunos para economia digital, recebe aporte de R$ 10 milhões

Com novo aporte, a startup educacional Tera visa alcançar 50 mil alunos ativos e 500 empresas clientes até 2025

Tera: conheça a edtech de qualificação profissional (Helena Yoshioka/Divulgação)

Tera: conheça a edtech de qualificação profissional (Helena Yoshioka/Divulgação)

Isabela Rovaroto
Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

Publicado em 7 de julho de 2023 às 07h06.

Como preparar empresas e pessoas para a economia digital? De acordo com relatório do Fórum Econômico Mundial, 59% das empresas apontam que o déficit de qualificação de sua força de trabalho é o maior impeditivo para a transformação digital.

Pensando no impacto da qualificação de profissionais e empresas, a X8 Investimentos anuncia nesta sexta, 7, um aporte de R$ 10 milhões na edtech Tera, plataforma digital de educação que promove a formação de profissionais em negócios, design, inovação e tecnologia.

Com o aporte, a startup criada em 2016 pretende ampliar seu impacto na formação de profissionais aptos para a economia digital e para o mercado de trabalho cada vez mais integrado com a inteligência artificial (IA).

Como a Tera foi criada

Ex-funcionário da ONG de apoio ao empreendedorismo Endeavor e da edtech Geekie, o empreendedor Leandro Herrera fundou a startup em 2016 depois de perceber que havia um desencontro entre o perfil de profissional que as companhias precisavam e as formações universitárias brasileiras.

“Áreas como negócios, design, inovação e tecnologia sofrem com a falta de profissionais qualificados, enquanto muitas pessoas se mostram cada vez mais dispostos a fazerem migração de carreira para trabalharem em uma nova área”, diz Herrera.

Então, decidiu criar um modelo de educação para preparar em até seis meses qualquer profissional que quisesse se especializar em áreas como gestão de produtos, marketing digital, experiência do usuário e análise de dados.

Até o começo da pandemia, as aulas eram feitas em um formato híbrido, com encontros presenciais e material de apoio online. Com a necessidade de isolamento social, o ensino precisou ser adaptado para um formato totalmente remoto. A transição, feita ao longo de 2020, aumentou a base de alunos em 70%.

Em 2021, a startup recebeu seu primeiro aporte, realizado pelo Grupo Arco Educação. Com o investidor de peso, a startup se tornou uma plataforma digital que oferece aulas ao vivo.

"Tivemos salas de aula em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Com a pandemia, as aulas online passaram a ser mais aceitas pelo mercado de trabalho e pelos alunos. Hoje termos turmas com pessoas de várias regiões do Brasil e do mundo", explica o fundador.

Expectativas para o aporte de R$ 10 milhões

Atualmente a plataforma conta com certificados de média duração, entre 4 a 6 meses, em três categorias -- product meneger, design de experiência e análise de dados --, além de 80 cursos de curta duração, entre quatro e seis horas. A expectativa é terminar o ano com 8 mil alunos ativos.

O CEO da Tera afirma que o investimento ajudará na expansão do portfólio de cursos e do número de estudantes, especialmente através do canal corporativo, que hoje representa 35% da receita da empresa.

"Estamos vivendo uma grande revolução tecnológica, que está alterando profundamente a maneira como as empresas criam produtos, serviços e experiências. A Tera tem desempenhado o papel de nivelar e melhorar continuamente as habilidades das equipes para que compreendam a linguagem do mundo digital, inclusive da inteligência artificial, e possam criar soluções de maior impacto", diz Herrera.

Com o novo aporte, a startup educacional quer alcançar 50 mil alunos ativos e 500 empresas clientes até 2025.

Carlos Miranda, sócio da X8 Investimentos, explica que o investimento na Tera visa preparar profissionais para a crescente necessidade de digitalização das empresas.

"A Tera é uma empresa que causa um grande impacto. Estamos  investindo em uma empresa que cresce mais de 50% ao ano continuamente. A Tera também tem um impacto direto na carreira dos profissionais formados - a maioria dos formados tiveram aumento de salário em até doze meses e cerca de 50% da base de alunos são mulheres", disse Miranda.

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