Temasek vira sócia do Burger King no Brasil
A companhia de investimento do governo de Cingapura fez uma injeção de capital de US$ 100 milhões
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2014 às 08h14.
São Paulo - A Temasek, companhia de investimento do governo de Cingapura, fez uma injeção de capital de US$ 100 milhões para se tornar sócia da Burger King no Brasil (BK do Brasil), segundo apurou o jornal "O Estado de S. Paulo" com fontes familiarizadas com a operação.
A transação foi feita pela Sheares Investments, subsidiária da Temasek, que ficará com 20,5% de participação do negócio por meio de subscrição de novas ações da empresa.
A BK do Brasil foi criada em junho de 2011 e tem como sócios a gestora Vinci Partners, do banqueiro Gilberto Sayão, com 75%, do negócio, e a Burger King Corporation, controlada pelo fundo 3G, de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, donos da AB InBev, com 25%.
Com a entrada da Temasek na operação da Burger King do Brasil, as participações dos dois sócios serão diluídas para cerca de 60% e 20%, respectivamente.
A companhia de investimentos de Cingapura poderá aumentar sua fatia para até 35% nos próximos três anos, dependendo do desempenho de resultados da Burger King nesse período. As negociações para a entrada nessa operação ocorriam há seis meses.
O despacho de aprovação da operação, sem restrições, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) foi aprovado na quinta-feira e publicado sexta-feira (28) no Diário Oficial da União.
A Superintendência-Geral do Cade entende que não haverá concentração de mercado, uma vez que o grupo de Cingapura não atua nesse segmento no País.
O Burger King chegou ao País em 2004, pelas mãos do pecuarista Luiz Eduardo Batalha. Nos primeiros seis anos no País, a rede número dois do fast-food americano não conseguiu empreender expansão relevante.
As coisas começaram a mudar em setembro de 2010, quando o fundo 3G comprou a operação mundial da rede de fast-food, colocando os mercados emergentes como prioridade para o crescimento do negócio.
Em junho, o 3G firmou parceria com a Vinci para criar a BK do Brasil. A rede de alimentos conta hoje com mais de 500 pontos de venda.
Estratégia
A entrada da Temasek nesse negócio é vista como estratégica para companhia de Cingapura, que ainda não tem operações na área de fast-food no Brasil.
Com um portfólio variado de investimentos, a companhia também está à procura de oportunidades em energia, florestas e mercado financeiro, segmentos nos quais já atua no mercado internacional.
No Brasil, a companhia tornou-se em 2010 parceira da Odebrecht na divisão de óleo e gás, com desembolso de US$ 400 milhões no negócio. No fim do ano passado, investiu na Klabin.
A Temasek também tem participação na Netshoes, Amyris, de origem americana, mas com unidades no Brasil, além de posições em fundos, como GP e Pátria.
A companhia de investimentos também participou dos processos de oferta pública inicial de Visanet e Santander.
O Brasil representa hoje menos de 1% do total dos negócios da Temasek pelo mundo afora, que encerrou 2013 com uma carteira de investimentos de US$ 173 bilhões.
Fundada em 1974, a Temasek, embora tenha o governo de Cingapura como único acionista, não é um fundo soberano, que aplica recursos oriundos das reservas de um país. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)
São Paulo - A Temasek, companhia de investimento do governo de Cingapura, fez uma injeção de capital de US$ 100 milhões para se tornar sócia da Burger King no Brasil (BK do Brasil), segundo apurou o jornal "O Estado de S. Paulo" com fontes familiarizadas com a operação.
A transação foi feita pela Sheares Investments, subsidiária da Temasek, que ficará com 20,5% de participação do negócio por meio de subscrição de novas ações da empresa.
A BK do Brasil foi criada em junho de 2011 e tem como sócios a gestora Vinci Partners, do banqueiro Gilberto Sayão, com 75%, do negócio, e a Burger King Corporation, controlada pelo fundo 3G, de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, donos da AB InBev, com 25%.
Com a entrada da Temasek na operação da Burger King do Brasil, as participações dos dois sócios serão diluídas para cerca de 60% e 20%, respectivamente.
A companhia de investimentos de Cingapura poderá aumentar sua fatia para até 35% nos próximos três anos, dependendo do desempenho de resultados da Burger King nesse período. As negociações para a entrada nessa operação ocorriam há seis meses.
O despacho de aprovação da operação, sem restrições, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) foi aprovado na quinta-feira e publicado sexta-feira (28) no Diário Oficial da União.
A Superintendência-Geral do Cade entende que não haverá concentração de mercado, uma vez que o grupo de Cingapura não atua nesse segmento no País.
O Burger King chegou ao País em 2004, pelas mãos do pecuarista Luiz Eduardo Batalha. Nos primeiros seis anos no País, a rede número dois do fast-food americano não conseguiu empreender expansão relevante.
As coisas começaram a mudar em setembro de 2010, quando o fundo 3G comprou a operação mundial da rede de fast-food, colocando os mercados emergentes como prioridade para o crescimento do negócio.
Em junho, o 3G firmou parceria com a Vinci para criar a BK do Brasil. A rede de alimentos conta hoje com mais de 500 pontos de venda.
Estratégia
A entrada da Temasek nesse negócio é vista como estratégica para companhia de Cingapura, que ainda não tem operações na área de fast-food no Brasil.
Com um portfólio variado de investimentos, a companhia também está à procura de oportunidades em energia, florestas e mercado financeiro, segmentos nos quais já atua no mercado internacional.
No Brasil, a companhia tornou-se em 2010 parceira da Odebrecht na divisão de óleo e gás, com desembolso de US$ 400 milhões no negócio. No fim do ano passado, investiu na Klabin.
A Temasek também tem participação na Netshoes, Amyris, de origem americana, mas com unidades no Brasil, além de posições em fundos, como GP e Pátria.
A companhia de investimentos também participou dos processos de oferta pública inicial de Visanet e Santander.
O Brasil representa hoje menos de 1% do total dos negócios da Temasek pelo mundo afora, que encerrou 2013 com uma carteira de investimentos de US$ 173 bilhões.
Fundada em 1974, a Temasek, embora tenha o governo de Cingapura como único acionista, não é um fundo soberano, que aplica recursos oriundos das reservas de um país. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)