Telefônica: ela está oferecendo 597,8 mi de ações da China Unicom por 11,14 a 11,34 dólares de Hong Kong por ação (Angel Navarrete/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 10 de novembro de 2014 às 14h10.
Hong Kong/Madri - A operadora de telecomunicações espanhola Telefônica espera levantar até 875 milhões de dólares com a venda de metade de sua participação na China Unicom (Hong Kong), de acordo com informações às quais a Reuters teve acesso nesta segunda-feira.
A Telefônica tem vendido fatias em ativos não essenciais nos últimos dois anos com o objetivo de levantar fundos para oportunidades na Europa e na América Latina, particularmente no Brasil, onde já é líder no mercado de telefonia celular.
A companhia está atualmente no processo da compra por 9 bilhões de dólares da operadora de banda larga brasileira GVT para fortalecer sua marca Vivo e criar o maior grupo de telecomunicações do país.
Fontes também disseram à Reuters que a empresa poderá se unir à Oi e à Claro, da América Móvil, para realizar uma oferta conjunta de compra da TIM Participações por cerca de 32 bilhões de reais.
Após a venda de metade de sua fatia na China Unicom em 2012 por 1,4 bilhão de dólares, a companhia espanhola está agora oferecendo 597,8 milhões de ações da China Unicom por 11,14 a 11,34 dólares de Hong Kong por ação para levantar entre 859 milhões e 875 milhões de dólares.
O valor fica de 1,2 por cento a 3 por cento abaixo do último preço negociado do papel, mostrou o documento com detalhes da operação.
A Telefônica detinha cerca de 1,19 bilhão de ações da China Unicom, ou uma fatia de cerca de 4,98 por cento, antes da venda, de acordo com dados da Thomson Reuters.
A dívida, a maior dor de cabeça da Telefônica no passado, subiu 1 bilhão de euros (1,25 bilhão de dólares) no segundo trimestre, para 43,8 bilhões de euros. A companhia publica seus resultados de nove meses na quarta-feira.
O Bank of America é o coordenador da oferta para a fatia e a Telefônica está proibida de vender mais ações da China Unicom nos próximos 90 dias, segundo o documento.
A Telefônica disse que não iria comentar o assunto.