WALTER LONGO, CEO DA ABRIL, AMOS GENISH E O MINISTRO GILBERTO KASSAB: momento de escolher as batalhas / Antonio Milena
Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2016 às 06h57.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h07.
Conseguir se destacar da concorrência em anos de aperto costuma fazer a diferença entre as companhias de sucesso e aquelas que vão ficando pelo caminho. Na noite desta quarta-feira, a companhia de telecomunicações Telefônica, dona da Vivo, foi eleita a empresa do ano de MELHORES E MAIORES de EXAME. É a primeira vez em 43 edições anuais do ranking que uma empresa do setor chega ao topo. E os motivos de seu sucesso são como um guia para navegar no Brasil de hoje.
O grupo espanhol chegou ao Brasil em 1996, quando celulares eram um luxo para pouquíssimos. Depois de uma série de desafios competitivos, mudança societária e saltos de atendimentos, a empresa é hoje a maior do setor com quase 100 milhões de clientes em 3.800 cidades do país.
No último ano, a empresa enfrentou um desafio triplo. Primeiro, lidar com a crise econômica que atingiu a todos. Depois, encontrar novas frentes de receita num mundo em que os clientes falam cada vez menos, e usam cada vez mais os pacotes de dados do celular. Por fim, integrar a GVT, com trocas de sistemas, equipes e estratégia.
Num movimento incomum, Amos Genish, fundador da empresa adquirida, assumiu o comando da Telefônica e colocou em prática ações para resolver rapidamente pendências antigas. Deu mais autonomia à equipe e seguiu à risca a indicação dada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no evento de premiação de ontem: escolher as batalhas. No caso da Telefônica, melhorar o atendimento, com equipes próprias de call center e um serviço mais ágil na resolução de problemas. Não é pouca coisa.
“Nosso foco é entregar a melhor conectividade tanto móvel como fixa, com uma infraestrutura de rede robusta e de alta qualidade”, afirmou Genish. Se conseguir, novos prêmios devem vir.