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TAM investe em redução de custos e preços podem aumentar

Empresa prevê que o valor das passagens aéreas (yield) pode aumentar até 5% em fevereiro

TAM: enquanto a empresa quer reduzir seus custos, ela tem que enfrentar o aumento do petróleo e também o reajuste da tarifa da Infraero, previsto para março (MARCIO JUMPEI/Divulgação/TAM)
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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2011 às 13h28.

São Paulo - Em 2011, a empresa pretende reduzir seus custos por assento (cask). A estimativa é uma queda de 5% em relação a 2010 – ano em que a estimativa, de 6% não foi atingida. A queda do cask em 2010 ficou em 2,9%. O dado foi impactado pelo efeito contábil, por gastos em três freqüências adicionais que não estavam nas estimativas para o ano e em gastos com advogados e consultores na união com a chilena Lan e na decisão judicial em relação à ação de adicional tarifário.

Para a redução de custos por assentos em 2011, a empresa vai investir em melhorias de seu desempenho. “Vamos aumentar em 30 minutos a utilização horária de nossas aeronaves e tripulantes, temos inúmeras ações em várias áreas”, disse Líbano Barroso, presidente da TAM Linhas Aéreas e diretor financeiro da TAM SA, a holding do grupo. Entre as ações, estão a gestão matricial de despesas, com metas para cada gestor de unidade de negócio. “Temos metas de redução unitária de todas as atividades”, Barroso, hoje (28/2) em audioconferência sobre os resultados da empresa no último trimestre de 2010. A empresa tem metas de redução do tempo de solo das aeronaves e redução dos custos aeroportuários.

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Mas, enquanto a empresa quer reduzir seus custos, ela tem que enfrentar o aumento do petróleo e também o reajuste da tarifa da Infraero, previsto para março. Com o reajuste da tarifa da Infraero, a partir de março, a empresa prevê um aumento de 45 milhões de reais a 50 milhões de reais em seus custos, em um período de 12 meses. “Então, temos que ser cada vez mais eficientes no tempo de solo das aeronaves, é uma combinação em combustível, manutenção, ganhando eficiência, e também na parte administrativa", disse Barroso.

O aumento do petróleo pode refletir nos preços das tarifas aéreas, segundo a TAM. “Isso já será visto em fevereiro e teremos um reflexo de menores taxas de ocupação, mas com melhor rask (receita líquida por assento)”, disse Barroso. A tendência do yield (que mede o valor das passagens aéreas) é crescer até 5% em fevereiro em relação a janeiro. Como já estamos no final de fevereiro, esse número só será conhecido quando forem divulgados os resultados do primeiro trimestre. O aumento deve ocorrer em função de fatores como custos de combustível e outros custos que já vislumbrados pela empresa no mercado, segundo Barroso. "Na gestão da companhia, o yield (que mede o valor das passagens aéreas) é importante, mas nosso objetivo é a gestão pelo rask”, disse Barroso.



Estimativas

Em 2010, a TAM obteve crescimento de 23,5% na demanda (RPK). O crescimento da oferta foi de 10,5% - ficou abaixo das estimativas da empresa de crescer 12%. Em 2011, a TAM pretende obter um crescimento de 15% a 18% na sua demanda. “Acreditamos que a demanda continuará aquecida”, disse Barroso, e de 10% a 13% na oferta. A previsão da taxa de ocupação é de 73% a 75% e há a estimativa de duas novas freqüências/destinos internacionais. Em 2010 a  taxa de ocupação ficou em 71,9%, foram acrescentadas cinco novos destinos/freqüência internacionais – a estimativa eram dois. A empresa encerrou o ano de 2010 com 152 aeronaves e pretende chegar a 182 em 2015.

A empresa encerrou o ano de 2010 com endividamento de 3,8 vezes (dívida líquida ajustada sobre ebitdar). A meta é, em dois anos, reduzir para cerca de 3 vezes. "A partir de agora os investimentos são significativos mas mais suaves, estamos pagando mais leasings do que acrescentando novas aeronaves e estamos aumentando a rentabilidade, com planos de disciplina de custos e uma gestão de receita que vai procurar atender a todos os clientes", disse Barroso.

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