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Supertele brasileira nasce como a 30ª maior do mundo

Em cinco anos, companhia espera dobrar o número de clientes e conquistar 30 milhões de usuários no exterior

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A supertele brasileira, fruto da fusão da Brasil Telecom com a Oi, nascerá como a 30ª maior companhia de telecomunicações do mundo em valor de mercado. De acordo com estimativas da Oi, divulgadas nesta segunda-feira (28/4), em teleconferência para analistas, as empresas alcançarão um valor combinado de 22,9 bilhões de dólares. A cifra corresponde à soma dos valores das duas companhias: 13,9 bilhões de dólares da Oi e 9 bilhões da Brasil Telecom. Com isso, a supertele desbancaria a PT Telekomunikasi, maior companhia de telecomunicações da Indonésia, da 30ª colocação mundial. A empresa indonésia é avaliada em 19,9 bilhões de dólares.

Os dois grupos internacionais que a supertele está disposta a encarar nos mercados brasileiro e latino-americano estão bem mais distantes. A espanhola Telefónica é avaliada em 139,4 bilhões de dólares, sendo a quarta mais valiosa do ranking mundial das teles. No Brasil, o grupo controla a Telesp, Vivo, TIM e Telemig. As empresas do mexicano Carlos Slim também estão bem cotadas. A América Móvil aparece em quinto lugar, valendo 110,7 bilhões de dólares. Já a Telmex, estimada em 37,4 bilhões de dólares, segue na 17ª posição. As operações de Slim no Brasil abrangem o controle da Embratel, Claro e Net.

A fusão, anunciada nesta sexta-feira (25/4), criará uma companhia com 45,7 milhões de clientes, com forte atuação em telefonia fixa (22,2 milhões de assinantes) e móvel (20,3 milhões). Em cinco anos, a Oi pretende mais do que dobrar essa base, alcançando 110 milhões de clientes. No mercado interno, a expansão ficará por conta da telefonia móvel - na qual espera somar 38 milhões de usuários; banda larga, que saltaria de 3,1 milhões para 12 milhões de assinantes; e TV por assinatura, que subiria de 60 mil para 8 milhões de clientes.

Apetite global

O mercado externo também está na mira da empresa. A maior parte dos analistas concorda que, para enfrentar o poderio dos espanhóis da Telefônica e dos mexicanos da América Móvil, a nova empresa precisa se internacionalizar. Na teleconferência desta segunda, a Oi informou que pretende conquistar 30 milhões de clientes no exterior, em todos os segmentos de telecomunicações.

Para se ter uma idéia, a receita líquida do grupo brasileiro, com base em dados de 2007, totaliza 29,3 bilhões de reais. As operações globais da espanhola Telefónica foram oito vezes maiores - 240,1 bilhões de reais. E a companhia do mexicano Carlos Slim faturou quase três vezes mais - 81,3 bilhões. No Brasil, segundo dados fornecidos pela Oi nesta segunda-feira, os espanhóis somaram 41,5 bilhões de reais em receita líquida no ano passado - já consideradas as aquisições da TIM e da Telemig. A BrOi, como vem sendo chamada a nova empresa na mídia, viria em segundo lugar, com 29,3 bilhões, contadas as receitas também da Amazônia Celular, comprada pela Oi em meados de 2007. Em terceiro, ficariam as empresas de Slim, com 20,5 bilhões.

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