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Steve Ballmer considera NBA como ativo em apreciação

Ex-CEO da Microsoft concluiu a compra do time Los Angeles Clippers por US$ 2 bilhões

Steve Ballmer se empolga em um discurso para os fãs do Los Angeles Clippers, no Staples Center (Kevork Djansezian/Bloomberg)

Steve Ballmer se empolga em um discurso para os fãs do Los Angeles Clippers, no Staples Center (Kevork Djansezian/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2014 às 16h53.

Nova York - Steve Ballmer disse que considera que a Associação Nacional de Basquete (NBA) dos EUA seja “um ativo em apreciação” e não tem receio de comprar o time Los Angeles Clippers por US$ 2 bilhões, quase quatro vezes o recorde anterior para uma equipe da NBA.

“Eu não teria pagado se não tivesse gostado do acordo”, disse Ballmer, ex-CEO da Microsoft, em entrevista à Bloomberg Television. “Isto me entusiasma muito. A marca é forte e a oportunidade é fantástica. Há poucas chances de que a NBA não cresça”.

Ballmer, 58, completou sua aquisição da franquia na semana passada, pondo fim a três meses e meio de drama que começaram quando foi publicada na internet uma gravação do ex-dono do Clippers, Donald Sterling, dizendo a uma amiga que ele não queria que ela levasse negros aos jogos do seu time.

Sterling, que tinha comprado os Clippers por US$ 12,5 milhões em 1981, foi multado em US$ 2,5 milhões e banido para a vida toda pela NBA.

Após uma série de decisões legais, a mulher de Sterling, Shelly, vendeu a equipe a Ballmer. O preço eclipsou os US$ 550 milhões pagos neste ano pelo Milwauckee Bucks por Marc Lasry, um dos fundadores do Avenue Capital Group LLC, e Wes Edens, um dos fundadores do Fortress Investment Group.

“Los Angeles é um mercado único, uma oportunidade fenomenal”, disse Ballmer, que se aposentou da Microsoft em fevereiro e anunciou sua saída do conselho ontem.

“Comparando-o com empresas de tecnologia sem lucros, com cotações enormes e muitas desvantagens, o Clippers parece um time muito bem cotado em minha opinião. Há empresas endividadas com valores de mercado de US$ 150 milhões que não ganham dinheiro. O Clippers ganha dinheiro sim”.

O dono mais rico

Ballmer se converte assim no dono mais rico da NBA com uma fortuna líquida de US$ 20,8 bilhões, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg.

O dono do Portland Trail Blazers e um dos fundadores da Microsoft, Paul Allen, é o segundo mais rico com uma fortuna de US$ 16,4 bilhões.

Ballmer, que anteriormente tentou comprar o Sacramento Kings e mudar o time para Seattle, diz ser fã de basquete, mas não especialista.

Ele fará muitas perguntas – “está na minha natureza”, disse ele –, mas deixará esse lado do negócio ao treinador e presidente de operações de basquete, Doc Rivers.

“Minha primeira tarefa no que tange ao basquete é dar a Doc todo o apoio de que ele precisar para levar o time ao próximo patamar de desempenho”, disse Ballmer.

“O time chegou perto no ano passado, pode melhorar ainda mais no ano que vem e meu trabalho é descobrir o que eu posso fazer para apoiar Doc ainda mais.Doc me deixou claro que ter estabilidade da parte do dono lhe facilita fazer muitas coisas, incluindo o recrutamento”.

Mais vitórias

O Clippers, que por primeira vez em 21 temporadas em Los Angeles conseguiu mais vitórias do que derrotas na temporada regular, chegou aos playoffs nas últimas três temporadas e no ano passado conseguiu seu recorde como franquia com 57 vitórias e 25 derrotas.

O Clippers continua se popularizando em Los Angeles, onde nas últimas duas temporadas superou em vitórias o Los Angeles Lakers, que tem 16 títulos da NBA.

O Clippers começará a temporada regular de 2014-15 em 30 de outubro de local contra o Oklahoma City Thunder, o time que o eliminou na pós-temporada nas semifinais da Conferência Oeste do ano passado.

Após uma reunião de apoio à equipe ontem no Staples Center, Ballmer disse que o tópico principal sobre que ele fez piada com os jogadores e os treinadores é onde ele ia sentar durante os jogos neste ano.

“Eu sempre pensei que eu gostaria de sentar sob o aro”, disse Ballmer, notando que essa é a preferência de Allen na hora de assistir os jogos que o Trail Blazers disputa em Portland.

“Os jogadores e técnicos pensaram que era uma ideia esquisita. Eles pensam que sentar no meio da quadra faz mais sentido, mas vamos ver”.

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