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5 startups que lutam para combater o desperdício de alimentos

Modelos de negócios facilitam a vida do consumidor e ainda ajudam a reduzir a quantidade de comida que vai para o lixo.

Startups ajudam a evitar o desperdício de alimentos facilitando o acesso do consumidor a produtos fora do padrão ou próximos do vencimento (JBS/Reprodução)

Startups ajudam a evitar o desperdício de alimentos facilitando o acesso do consumidor a produtos fora do padrão ou próximos do vencimento (JBS/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2022 às 10h00.

Última atualização em 26 de julho de 2022 às 10h47.

Reduzir o desperdício de alimentos nas residências, no varejo e nos serviços de alimentação é uma questão essencial do nosso tempo. Um relatório recente do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) indica que de 8% a 10% das emissões globais de gases de efeito estufa estão associadas a alimentos que não são consumidos. Em 2019, segundo o documento publicado em 2021, 931 milhões de toneladas de alimentos vendidos para residências, varejistas, restaurantes e outros serviços alimentícios no mundo foram desperdiçados. Isso representa 17% do total de alimentos disponíveis aos consumidores. 

Atentas à importância de reduzir a quantidade de comida que vai para o lixo, 5 startups foram criadas. Conheça as iniciativas.

Food to Save

A plataforma criada em 2021 pelo empreendedor Lucas Infante conecta estabelecimentos com sobras de alimentos ao consumidor final. Dessa forma, o produto que seria descartado é vendido com descontos de até 70%. De um jeito ágil, o consumidor coloca seu CEP na plataforma e logo vê uma relação de estabelecimentos parceiros no seu entorno. Depois, é só fazer o pedido e receber por delivery ou retirar no local. A empresa diz ter “salvo” mais de 250 toneladas de alimentos que seriam desperdiçados. São mais de 300 mil usuários na plataforma e mais de 700 estabelecimentos parceiros. Pelas contas da startup, a emissão de mais de 625 toneladas de CO2 foram evitadas.   

Fruta Imperfeita

O serviço de assinatura de cestas de frutas e legumes fora do padrão do mercado surgiu no final de 2015, criado por Roberto Matsuda e Nathalia Inada. Desde então, mostra o site da empresa, mais de mil toneladas de frutas, legumes e verduras já foram salvas, e 1.500 clientes são atendidos a cada semana. A ideia do negócio é combater o desperdício de alimentos, já que uma porcentagem relevante de frutas, verduras e legumes acaba indo para o lixo por serem consideradas fora do padrão – grandes ou pequenas demais, por exemplo. As entregas se restringem a São Paulo e os alimentos vêm de pequenos produtores. Os clientes podem selecionar o tamanho da cesta e a frequência de entrega. Os preços ficam até 30% mais baixos do que os praticados no varejo, justamente pela “imperfeição” do produto.

Mercado Diferente

Com um conceito bem semelhante ao da Fruta Imperfeita, o Diferente é um mercado online que busca combater o desperdício de alimentos ao mesmo tempo em que tem o objetivo de democratizar a alimentação saudável. A empresa trabalha com produtores certificados de orgânicos e “resgata” com eles alimentos considerados fora do padrão, que normalmente vão para o lixo.

Os produtos são entregues na casa do consumidor com até 40% de desconto. A empresa alerta que não se trata da famosa “xepa” da feira. “São vegetais que seriam jogados no lixo por questões "estéticas" caso não comprássemos das pessoas produtoras”, diz o site. Segundo a empresa, mais de 30% de todos os alimentos orgânicos são descartados das gôndolas do mercado por serem considerados “fora do padrão”.

O modelo de negócio da Mercado Diferente é por assinatura, e o consumidor opta por uma das cestas disponíveis, montadas de acordo com as preferências do cliente e a sazonalidade. Elas servem de uma a quatro pessoas, com preços que vão de R$ 49 a R$ 112. Por enquanto as entregas acontecem somente na cidade de São Paulo. Em abril, a Diferente conquistou um aporte de R$ 24 milhões liderado pelo fundo brasileiro Maya Capital. A rodada contou ainda com investidores como Collaborative Fund, Kickstarter, FirstMinute Capital, GFC e Caravela, Matias Muchnick, Abhi Ramesh, Hamish Shephard e Tiago Dalvi. O recurso será utilizado para o crescimento e expansão dos negócios da startup.

Restin

Indignados com o desperdício de alimentos, os empreendedores Luciano Almeida, Rafael Esposito e Franciele Barbosa criaram a Restin, uma plataforma que conecta indústrias com produtos próximos da validade a empresas do food service, que podem usá-los como matéria-prima em sua produção. Por enquanto, são 11 indústrias parceiras, 70 restaurantes comerciais e 8 cozinhas industriais. Recentemente, a startup foi selecionada para o Garagem Cielo, que oferece mentoria a empresas de impacto em estágio inicial. 

SuperOpa

O aplicativo conecta o consumidor final aos distribuidores, para que possa comprar produtos próximos ao vencimento – sem espaço nas gôndolas dos supermercados. As compras de mercado podem sair por até metade do preço pelo app, garante a startup. Há alimentos entre as opções, mas também bebidas, itens de petshop, saúde e bem-estar. As entregas são feitas em cerca de 500 cidades em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A plataforma conta com mais de 50 mil clientes e diz ter conseguido “salvar” mais de 120 mil quilos de alimentos.

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