Southwest, low-cost queridinha dos EUA, trocará de comando após 17 anos
Gary Kelly, atual CEO, manteve nove anos consecutivos de resultados positivos; novo dirigente assume no ano que vem
Gabriel Aguiar
Publicado em 23 de junho de 2021 às 15h02.
Última atualização em 23 de junho de 2021 às 15h09.
A Southwest é uma companhia aérea low-cost que não voa para o Brasil, mas é uma das queridinhas dos Estados Unidos — a ponto de manter, até a pandemia de covid-19, nove anos consecutivos de resultados positivos. E, em meio à pior crise da aviação comercial das últimas décadas, a empresa decidiu substituir o atual diretor executivo, Gary Kelly, que deixará o cargo no próximo ano.
De acordo com o comunicado enviado a investidores, o “big boss” seguirá à frente do conselho (como já faz hoje). Desde que assumiu o comando da Southwest, em 2004, Kelly lidou com uma fusão — quando a também americana AirTran foi incorporada, há 11 anos —; recessões econômicas; e até as falhas que impediram as operações do Boeing 737 Max. Por fim, a crise sanitária.
Com 66 anos de idade, o executivo dará lugar ao veterano Robert Jordan, que já trabalha na companhia desde 1988, apenas 21 anos após a fundação em Dallas, no Texas. Com 730 aeronaves na frota, o plano para os próximos meses prevê a inauguração de novas rotas na América do Norte, dando continuidade à abertura de 11 trajetos. Por ora, duas localidades já estão confirmadas.
“Planejar a sucessão é um dos trabalhos mais importantes de um diretor executivo. É algo no que gastei muito tempo pensando a respeito e trabalhando por anos junto com o quadro de diretores. Mas eu não irei a lugar algum. Meu foco será negócio e estratégias de frota; relações governamentais e aeroportuárias; além de comandar o quadro de diretores”, diz Gary Kelly em comunicado.
Por outro lado, o próximo diretor executivo — atual vice-presidente de serviços corporativos — traz boas conquistas nas credenciais, como a própria aquisição da AirTran; toda reformulação do e-commerce da Southwest; criação do programa de fidelidade; e melhorias no processo de embarque. Também liderou o programa de demissão voluntária para evitar layoff nos últimos meses.