Vinil: calcula-se que o volume de negócios do vinil no mundo alcançará um bilhão de dólares este ano (Nick Alvarado/Stock Xchng/Reprodução)
AFP
Publicado em 29 de junho de 2017 às 13h17.
Para a alegria dos fãs de música, o grupo japonês Sony anunciou que retomará até março de 2018 a produção de vinis, após uma interrupção de três décadas.
Superados pela criação do CD e a proliferação do MP3, os discos voltaram à moda e a Sony aproveita a oportunidade para retomar uma atividade que havia abandonado em 1989. Os vinis serão produzidos em uma fábrica do município de Shizuoka, ao sudeste de Tóquio.
A Sony pretende trabalhar com um catálogo tanto de melodias japonesas populares como dos últimos grandes sucessos, informa o jornal Nikkei.
As lojas especializadas registram uma nova clientela, mas a oferta é reduzida no Japão, que tem apenas um fabricante ativo atualmente, a Toyokasei.
"Muitos jovens compram canções que ouviram por streaming, atraídos pela qualidade do som", afirmou Michinori Mizuno, diretor da Sony Music, citado pelo Nikkei.
O número de discos de vinil produzidos no país multiplicou por oito desde 2009 e se aproximou de 800.000 unidades em 2016, de acordo com a Associação da Indústria Fonográfica (RIA). No melhor momento do vinil, na década de 1970, o Japão registrava a produção de quase 200 milhões de discos por ano.
Diante do interesse renovado, a Panasonic relançou recentemente a marca de toca-discos Technics e os SL-1200, enquanto a Sony comercializa um novo modelo.
A consultoria Deloitte calcula que o volume de negócios do vinil no mundo (discos, aparelhos e acessórios) alcançará um bilhão de dólares este ano, em um momento de queda nas vendas de CDs e downloads.