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Sob pressão, Procter e GE apresentam resultados nesta sexta

ÀS SETE - Por coincidência, além de apresentarem os números no mesmo dia, as duas companhias passam por uma fase muito parecida em seus negócios

TIDE, MARCA DA PG: investidor ativista Nelson Peltz está chacoalhando o conglomerado, que apresenta resultados hoje / Justin Sullivan/Getty Images

TIDE, MARCA DA PG: investidor ativista Nelson Peltz está chacoalhando o conglomerado, que apresenta resultados hoje / Justin Sullivan/Getty Images

DR

Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2017 às 06h24.

Última atualização em 20 de outubro de 2017 às 07h29.

Dois dos maiores conglomerados do mundo, a General Electric e a Procter & Gamble, apresentam seus resultados nesta sexta-feira antes de a bolsa americana abrir. Por coincidência, além de apresentarem os números no mesmo dia, as duas companhias passam por uma fase muito parecida em seus negócios.

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O investidor ativista Nelson Peltz, dono do fundo de investimentos Trian, que chacoalhar a estrutura de ambas as companhias.

Como aponta a edição de EXAME que chegou ontem às bancas, Peltz é um crítico dos grandes conglomerados, que são donos de marcas valiosas e cultura de gestão consolidada, mas não têm mais capacidade de crescer no ritmo de seus concorrentes e remunerar investidores da maneira adequada.

A diversificação que fez com que essas companhias sobrevivessem a mais de um século deixaram de fazer sentido, na visão de Peltz, e a agressividade aliada à gestão moderna de empresas como Google e Amazon passaram a ser o caminho.

Além disso, ele diz que as novas gerações querem marcas com boas histórias para contar e que focam em produtos orgânicos e ambientalmente corretos, algo que os conglomerados dificilmente reproduzem.

A P&G, por exemplo, viu seu faturamento cair de de 82 bilhões de dólares em 2013 para 65 bilhões no ano passado. A GE desceu de 144 bilhões para 120. O lucro foi na mesma linha.

A estratégia de Peltz é colocar conselheiros nas companhias – tem um na GE, mas não conseguiu eleger nenhum na P&G, mesmo tendo 1,5% do capital – e, com isso, quebrar esses conglomerados em várias partes, eliminando possíveis sinergias em áreas como marketing e vendas, mas ganhando agilidade na organização.

Para essas empresas, a melhor defesa contra os ataques é apresentar bons números. Hoje, a GE, que traz seu primeiro resultado com o novo presidente John Flannery depois de 16 anos de Jeff Immelt, deve apresentar um faturamento no terceiro trimestre de 31,92 bilhões de dólares, um crescimento de quase 10% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto o lucro deve ficar em cerca de quatro bilhões. A P&G, por sua vez, deve ter um lucro de 2,7 bilhões para uma receita de 16,6 bilhões, muito pouco acima do mesmo trimestre de 2016.

A ver como os investidores reagem.

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