Sinopec participa de Libra via Repsol e Galp
Gigante chinesa negocia participação no primeiro leilão do pré-sal de forma indireta, por meio das companhias que podem compor consórcio com Petrobras
Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2013 às 09h31.
Rio de Janeiro - A gigante chinesa Sinopec negocia a participação no primeiro leilão do pré-sal brasileiro de forma indireta, por meio da portuguesa Galp e da espanhola Repsol, que podem compor um consórcio com a Petrobras, afirmaram à Reuters fontes com conhecimento direto do assunto.
A Sinopec já possui parceria com a Galp e a Repsol em blocos de petróleo na região do cluster da Bacia de Santos, onde a Petrobras atua no pré-sal, e por meio de suas sócias poderá realizar ofertas por Libra, considerada a maior reserva petrolífera no Brasil.
A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, conversou com executivos da Sinopec em viagem recente à China, disseram duas fontes à Reuters, na condição de anonimato.
"Parece que ela convenceu os chineses a participar do leilão, porque, após sua ida à China, a Sinopec mudou de ideia... Eles não queriam entrar no leilão antes dessa visita", afirmou uma das fontes.
A viagem da presidente da Petrobras à China durou cerca de dois dias e ocorreu há aproximadamente um mês.
O prazo para pagamento da taxa de participação do leilão de Libra, previsto para 21 de outubro, vence nesta quarta-feira.
Procurada, a Petrobras informou que não comentará o assunto. A subsidiária da Sinopec no Brasil confirmou que há um movimento da empresa para o leilão, mas não deu mais detalhes imediatamente sobre o tema.
Não foi possível contatar imediatamente a Petrogal, subsidiária da Galp no Brasil, e Repsol Sinopec Brasil, empresa da espanhola Repsol com participação de 40 por cento da Sinopec no país.
As petroleiras Galp e Repsol já são parceiras da Petrobras na exploração de áreas do pré-sal. A Sinopec adquiriu parcela de 30 por cento na Galp no Brasil em 2011, garantindo presença nos campos de Lula, Cernambi, Iara, Bem-te-vi, Caramba e Júpiter.
Em 2010, com a sociedade junto à Repsol, os chineses adquiriram participação indireta em Guará e Carioca, outras áreas na nobre região do pré-sal.
A Petrobras é majoritária em todos os blocos do pré-sal, além da participação em outras áreas por meio da cessão onerosa, pela qual pagou à União para a exploração de 5 bilhões de barris.
Secreto
Graça afirmou nesta quarta-feira a parlamentares que somente duas pessoas conhecem a estratégia completa da Petrobras para a licitação da área de Libra: ela e o diretor de Exploração e Produção, José Formigli.
Por lei, a Petrobras será a operadora única da área leiloada no pré-sal, com no mínimo 30 por cento de participação. A estatal pode, no entanto, fazer uma oferta que contemple uma fatia maior da reserva.
As empresas interessadas, muitas delas multinacionais, estão em negociações para a formação de consórcios que disputarão a reserva gigante. Cada consórcio terá no máximo cinco empresas.
Outras empresas já declararam que podem entrar na disputa, como a norte-americana Chevron.
Rio de Janeiro - A gigante chinesa Sinopec negocia a participação no primeiro leilão do pré-sal brasileiro de forma indireta, por meio da portuguesa Galp e da espanhola Repsol, que podem compor um consórcio com a Petrobras, afirmaram à Reuters fontes com conhecimento direto do assunto.
A Sinopec já possui parceria com a Galp e a Repsol em blocos de petróleo na região do cluster da Bacia de Santos, onde a Petrobras atua no pré-sal, e por meio de suas sócias poderá realizar ofertas por Libra, considerada a maior reserva petrolífera no Brasil.
A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, conversou com executivos da Sinopec em viagem recente à China, disseram duas fontes à Reuters, na condição de anonimato.
"Parece que ela convenceu os chineses a participar do leilão, porque, após sua ida à China, a Sinopec mudou de ideia... Eles não queriam entrar no leilão antes dessa visita", afirmou uma das fontes.
A viagem da presidente da Petrobras à China durou cerca de dois dias e ocorreu há aproximadamente um mês.
O prazo para pagamento da taxa de participação do leilão de Libra, previsto para 21 de outubro, vence nesta quarta-feira.
Procurada, a Petrobras informou que não comentará o assunto. A subsidiária da Sinopec no Brasil confirmou que há um movimento da empresa para o leilão, mas não deu mais detalhes imediatamente sobre o tema.
Não foi possível contatar imediatamente a Petrogal, subsidiária da Galp no Brasil, e Repsol Sinopec Brasil, empresa da espanhola Repsol com participação de 40 por cento da Sinopec no país.
As petroleiras Galp e Repsol já são parceiras da Petrobras na exploração de áreas do pré-sal. A Sinopec adquiriu parcela de 30 por cento na Galp no Brasil em 2011, garantindo presença nos campos de Lula, Cernambi, Iara, Bem-te-vi, Caramba e Júpiter.
Em 2010, com a sociedade junto à Repsol, os chineses adquiriram participação indireta em Guará e Carioca, outras áreas na nobre região do pré-sal.
A Petrobras é majoritária em todos os blocos do pré-sal, além da participação em outras áreas por meio da cessão onerosa, pela qual pagou à União para a exploração de 5 bilhões de barris.
Secreto
Graça afirmou nesta quarta-feira a parlamentares que somente duas pessoas conhecem a estratégia completa da Petrobras para a licitação da área de Libra: ela e o diretor de Exploração e Produção, José Formigli.
Por lei, a Petrobras será a operadora única da área leiloada no pré-sal, com no mínimo 30 por cento de participação. A estatal pode, no entanto, fazer uma oferta que contemple uma fatia maior da reserva.
As empresas interessadas, muitas delas multinacionais, estão em negociações para a formação de consórcios que disputarão a reserva gigante. Cada consórcio terá no máximo cinco empresas.
Outras empresas já declararam que podem entrar na disputa, como a norte-americana Chevron.