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Sindicato confirma corte de 2,3 mil funcionários da Abengoa

O grupo Abengoa demitiu 2.300 funcionários na Bahia, o que representa 42,5% da força de trabalho da multinacional tem no Brasil, informou sindicato


	Painéis solares da Abengoa: a Abengoa contava até há 20 dias com 5.400 funcionários em todo o país, diz sindicato
 (Bloomberg)

Painéis solares da Abengoa: a Abengoa contava até há 20 dias com 5.400 funcionários em todo o país, diz sindicato (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2015 às 16h54.

São Paulo - O grupo energético espanhol Abengoa, que está em busca um acordo com credores, demitiu 2.300 funcionários na Bahia, o que representa 42,5% da força de trabalho da multinacional tem no Brasil, informou o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial (Sintepav-BA), Irairson Warneaux.

O dirigente sindical disse à Agência Efe que a Abengoa contava até há 20 dias com 5.400 funcionários em todo o país, dos quais pouco menos da metade trabalhava na Bahia em uma fábrica que praticamente cessará suas atividades até que a situação financeira da companhia seja definida.

Warneaux afirmou que também foram demitidos trabalhadores das plantas de Tocantins, Piauí e Maranhão, embora isso ainda não tenha sido confirmado pelos sindicatos regionais.

Com graves dificuldades financeiras, a Abengoa comunicou a Warneaux a intenção de ficar com 400 de seus 5.400 trabalhadores em todo o país para a manutenção dos projetos já iniciados.

Após denunciar as "demissões em massa", o sindicato pediu a mediação do Ministério Público do Trabalho e espera realizar nos próximos dias uma audiência de conciliação entre as partes, segundo Warneaux.

O Sintepav-BA informou que a companhia, especializada em engenharia e energias renováveis, se comprometeu a recontratar os trabalhadores demitidos caso seja aceito um eventual plano de reestruturação de sua dívida.

A Abengoa anunciou na semana passada que está em busca de uma proteção preliminar para tentar solucionar uma dívida financeira de quase 9 bilhões de euros e dívidas a fornecedores superiores a 5 bilhões.

No Brasil, onde está presente desde os anos 90, a companhia realizou nos últimos anos 11 projetos de linhas elétricas. 

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