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Silvio Santos afirma que vende SBT

Silvio Santos também contou que não conhece o bilionário Eike Batista

Silvio Santos diz que vende o SBT, se Eike Batista pagar os 2,5 bilhões de reais (Roberto Nemanis/Divulgação)

Silvio Santos diz que vende o SBT, se Eike Batista pagar os 2,5 bilhões de reais (Roberto Nemanis/Divulgação)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 12 de novembro de 2010 às 07h24.

São Paulo - O apresentador e empresário Silvio Santos afirmou que vende a rede de televisão SBT, símbolo do seu império. Basta que alguém lhe pague os 2,5 bilhões de reais que seu grupo deve ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC) do Banco Central.  A informação está em entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo, publicada nesta sexta-feira. 

“Não precisa nem pagar para mim, paga para o Fundo Garantidor de Crédito. Eu não posso vender nada sem  passar pelo Fundo Garantidor de Crédito”, afirma Silvio Santos à jornalista Mônica Bergamo, que assina o texto. 

Silvio Santos também contou que não conhece o bilionário Eike Batista, um dos nomes que surgiram como possíveis interessados na compra do SBT. “Não, não conheço. Mas, se ele pagar os 2,5 bilhões de reais que estou devendo, vendo, é claro que eu vendo”, diz o apresentador. 

Na entrevista, permeada por um tom jocoso empregado por Silvio Santos, ele também diz que desconhece o seu concunhado Rafael Palladino, ex-superintendente do Panamericano, e se mostra um empresário não tão atento aos seus investimentos. “Nunca fui ao banco, nem sei onde é o prédio”, fala Silvio Santos. “Não sou obrigado a saber onde é a empresa”, justifica-se. 

De acordo com o Banco Central, a fraude de 2,5 bilhões de reais sofrida pelo Panamericano foi encontrada há pouco mais de cinco semanas. Operações de crédito vendidas aos grandes bancos de varejo não estavam sendo declaradas pela financeira do Grupo Silvio Santos. 

O empresário Silvio Santos colocou todo seu complexo empresarial -  incluindo a rede de televisão SBT -, avaliado em 2,7 bilhões de reais, como garantia para pagar os 2,5 bilhões de reais, tomados como empréstimo ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para sanar o problema. 

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