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Shell estrutura 3ª fase de atuação na Bacia de Campos

A fase 3 deverá ser implantada em 2014, com expectativa de investimentos de aproximadamente US$ 2,5 bilhões

Rubens Ometto: "credibilidade da marca Shell nos postos de serviço tem importãncia estratégica" (Wikimedia Commons)

Rubens Ometto: "credibilidade da marca Shell nos postos de serviço tem importãncia estratégica" (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2011 às 21h23.

Rio - A descoberta de uma nova área para a exploração de óleo e gás levou a Shell Brasil a estruturar uma terceira fase de sua atuação no Parque das Conchas, na parte capixaba da Bacia de Campos. A fase 3 deverá ser implantada em 2014. Até lá estará encerrada a segunda etapa, com a perfuração de dez poços nos próximos 18 meses, a um custo de cerca de US$ 200 milhões por poço. A estimativa de investimentos nesta etapa é de aproximadamente US$ 2,5 bilhões.

A estimativa da anglo-holandesa Shell, principal empresa privada a atuar na exploração de petróleo no Brasil, é agregar, na fase 2, cerca de 30 mil barris à produção atual, de 94 mil barris de óleo equivalente por dia (4% da produção nacional). A primeira fase, ainda em curso, reúne a produção de 11 poços.

A descoberta em 2010 de um novo reservatório no Parque das Conchas (antigo bloco BC-10) decorreu de estudos que a companhia desenvolve na área. Em fase inicial de avaliação, a área foi batizada de Massa, em homenagem a Felipe Massa, piloto brasileiro de Fórmula 1.

No ano passado, a Shell informou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ter encontrado indícios de petróleo no campo de Nautilus, em lâmina d''água de 1.571 metros, no Parque das Conchas. No bloco, a empresa tem ainda os campos de Argonauta, Ostra e Abalone.

A Shell é operadora do Parque das Conchas, com 50% de participação. A Petrobras tem 35%. A ONGC, 15%. A Shell mantém ainda em operação o sistema Bijupirá-Salema (parte fluminense da Bacia de Campos), do qual é operadora, com 80%.

No Brasil, em fases de desenvolvimento e exploração, a Shell tem ainda 11 blocos, sendo seis offshore e cinco onshore. Dentre os offshore o destaque é o BM-S-54, denominado na companhia como Gato do Mato, em perfuração. Operadora do bloco, com 80%, a Shell tem como parceira a francesa Total, com os demais 20%, recém-adquiridos.


O presidente da companhia, André Araújo, disse que a meta é aumentar a produção do Parque das Conchas, investir nas águas profundas do pré-sal, especialmente Gato do Mato, e ficar atentos aos resultados das análises dos blocos onshore da Bacia do São Francisco (MG).

Para focar nos objetivos, a Shell promoveu em junho um rearranjo no portfólio, desfazendo-se dos 20% que tinha no bloco BM-S-8, no pré-sal da Bacia de Santos.

Postos

Desde 2 de junho os postos de bandeira Esso estão sendo substituídos pela marca Shell. O processo levará 18 meses, informou Araújo.

A substituição é uma espécie de passaporte da Shell para ingressar no mercado de biocombustíveis. Maior grupo do setor sucroalcooleiro do Brasil, o Cosan é o dono dos postos Esso. Neste ano ele uniu-se à Shell na joint venture Raízen.

O objetivo da nova empresa é, no mínimo, dobrar a produção de etanol, hoje em 2,2 bilhões de litros por ano, até 2015. A Raízen visa usar a marca Shell em postos de combustíveis em todo o mundo, como forma de expandir o mercado de distribuição de etanol, principalmente nos mercados asiáticos e europeus.

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