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Santander lucra R$ 3,5 bi no trimestre e distribui R$ 1 bi em dividendos

Resultado do banco espanhol foi 22% maior que o do mesmo período do ano passado, puxado por crédito a pessoa física e consumo

Santander (BSBR) (Sergio Moraes/Reuters)

Mariana Fonseca

Publicado em 30 de abril de 2019 às 12h26.

Última atualização em 30 de abril de 2019 às 12h33.

O banco Santander Brasil apresentou lucro líquido de 3,5 bilhões de reais no primeiro trimestre deste ano, alta de 21,9% sobre o mesmo período do ano passado. Mesmo com o banco levantando a bandeira de atendimento às pequenas e médias empresas, boa parte desse resultado se deve à expansão de setores tradicionais para o grupo, como o crédito para os segmentos de pessoa física e de consumo.

"Considero um bom resultado, sabendo-se que é um trimestre de meses curtos", analisou Sergio Rial, presidente do Santander Brasil, em coletiva de imprensa para a divulgação dos resultados.

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As receitas ficaram em 15,3 bilhões de reais, valor 6,9% acima do visto no primeiro trimestre de 2018. Já a margem financeira bruta foi de 10,8 bilhões de reais nos três primeiros meses do ano, alta anual de 5,9%. As despesas também cresceram, para 5,1 bilhões de reais, valor 6% maior na comparação com os primeiros meses do ano anterior.

O Brasil é o maior mercado do banco espanhol, com 29% de participação e 24,9 milhões de clientes ativos. O banco aumenta seu número de consumidores há 46 meses consecutivos. O Santander Brasil distribuiu um bilhão de reais em dividendos aos acionistas no trimestre. Segundo Rial, é uma "marca histórica" e 70% acima da distribuição vista no mesmo período de 2018.

Foco no crédito tradicional

O Santander Brasil divulgou uma participação de 9,4% no mercado no crédito, 0,5 ponto percentual acima do visto no mesmo trimestre do ano passado. As receitas oriundas de crédito foram de 7,3 bilhões de reais, alta de 9% na mesma base de comparação.

A carteira de crédito total chegou a 310,7 bilhões de reais. Boa parte dela está concentrada no segmento de pessoa física (44% de participação) e no de financiamento ao consumo (16,5% de participação).

A carteira de pessoa física ficou em 136,6 bilhões de reais, alta anual de 20,1%. Já a de financiamento ao consumo totalizou 51,4 milhões de reais, 17,9% maior na mesma comparação. A inadimplência acima de 90 dias ficou em 3,1%, alta de 0,2 ponto percentual justificada pelo "aumento de participação do varejo no saldo da carteira de crédito."

Enquanto isso, a carteira de crédito para pequenas e médias empresas representou 35,8 bilhões de reais no trimestre -- uma alta anual de 8,7%, mas que resultou em uma presença de 11,5% na carteira de crédito total, 0,3 ponto percentual a menos do que no primeiro trimestre de 2018. "Em PMEs, avançamos menos do que nos últimos trimestres. Temos que continuar a turbinar essa carteira", afirmou Rial.

A carteira de crédito para grandes empresas ficou em 86,9 bilhões de reais e reduziu sua participação anual de 32,1% para 28%. O presidente afirmou não se preocupar com o resultado e creditou a diminuição à procura de outras formas de financiamento, como o mercado de capitais.

A carteira de crédito ampliada está em 386,9 bilhões de reais e corresponde à carteira de crédito total (310,7 bilhões de reais) e operações como debêntures, FIDCs e notas promissórias. O Santander Brasil espera passar dos 400 bilhões de reais em carteira de crédito ampliada até o final de 2019. Por mais que se posicione em novas frentes, boa parte ainda virá de sua principal clientela -- os tomadores de financiamentos na pessoa física.

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