Santander Brasil vai ampliar em 20% equipe de private banking

Rio de Janeiro - O Banco Santander Brasil SA pretende ampliar em até 20 por cento sua equipe de 122 funcionários da área de private banking este ano. O crescimento econômico do País estimula a demanda por serviços de gestão de grandes fortunas.

“O momento econômico positivo que o Brasil vive faz com que o negócio de private banking tenha um crescimento agressivo”, disse Maria Eugênia López, diretora executiva de private banking do Santander Brasil, numa entrevista por telefone em 1 de março. “Não é só a questão do enriquecimento da população; é também a dinâmica do mercado, com uma quantidade grande de operações como IPOs, fusões e aquisições, novos negócios em geral”.

O maior crescimento econômico em mais de duas décadas, que inclui uma expansão recorde no crédito e no emprego, está aumentando o número de milionários na população brasileira e gerando demanda por serviços de private banking. O produto interno bruto do País cresceu 7,5 por cento no ano passado, o ritmo mais acelerado desde 1986, segundo o IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

A área de private banking encerrou 2010 com R$ 371,2 bilhões em ativos sob gestão no País, um aumento de 23 por cento em relação a 2009, segundo a Anbima, Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais. O total de clientes nessa área ultrapassou 63.000 no final do ano passado, em comparação a 57.000 em dezembro de 2009, segundo a Anbima.

Expansão do Santander

Os ativos sob gestão na unidade de private banking do Santander Brasil aumentaram 25 por cento no período, disse Maria Eugênia. O investimento mínimo é de R$ 3 milhões no Santander, enquanto alguns outros bancos aceitam clientes com mais de R$ 1 milhão em investimentos. O Santander Brasil não quis divulgar o volume que administra na área.

Outra razão para o Santander ampliar sua equipe de private banking este ano é o aumento da concorrência de bancos de investimentos e de varejo, os quais estão entrando no mercado brasileiro, disse Maria Eugênia.

“O negócio de private tem poucas barreiras de entrada, já que não requer capital”, ela disse, acrescentando que a meta do Santander é continuar crescendo mais do que a média de mercado.

A unidade de private banking do Santander Brasil está encontrando mais clientes internamente, à medida que os negócios de serviços de varejo e banco de investimentos crescem, dando- lhe mais acesso a vendas de ações e acordos de fusões e aquisições, disse a executiva.

Desde abril, o Santander criou uma divisão estratégica, com um economista dedicado a analisar cenários econômicos. O banco também inaugurou uma divisão de alocação de ativos e um serviço de planejamento de sucessão.