Negócios

Santander Brasil elege varejo para liderar crescimento em 2018

"Nosso foco neste ano serão os segmentos de cartões, adquirência, crédito consignado e imobiliário", disse Sérgio Rial nesta quarta-feira

Santander: no crédito imobiliário, o objetivo é gerar cerca de um bilhão de reais mensais em novos financiamentos (Santander/Divulgação)

Santander: no crédito imobiliário, o objetivo é gerar cerca de um bilhão de reais mensais em novos financiamentos (Santander/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 31 de janeiro de 2018 às 15h49.

São Paulo - O Santander Brasil vai repetir em 2018 a aposta em segmentos do varejo, estratégia que ajudou o banco a dar uma virada nos últimos anos e atingir sucessivos recordes de lucro desde que chegou ao país há pouco mais de 17 anos.

"Nosso foco neste ano serão os segmentos de cartões, adquirência, crédito consignado e imobiliário", disse nesta quarta-feira o presidente-executivo do Santander Brasil, Sérgio Rial, a jornalistas.

Tanto na emissão de cartões quanto em adquirência, que o banco opera terminais de pagamentos em lojas (POS) por meio da GetNet, a meta do banco é subir dos cerca de 13 por cento atuais para 15 por cento do mercado, segundo Rial.

"Nossa ambição nesse mercado é ilimitada", disse Rial a jornalistas ao comentar os resultados do quarto trimestre.

No crédito imobiliário, o objetivo é gerar cerca de um bilhão de reais mensais em novos financiamentos a partir do segundo trimestre, disse o executivo. São esses os principais vetores que devem fazer a carteira ampliada de empréstimos crescer mais do que os 7,8 por cento de 2017, mesmo com retração nos financiamentos para grandes empresas.

Com isso, o banco espera não apenas ampliar receitas, mas se aproximar mais do nível de rentabilidade dos seus principais rivais privados. Desde que estreou na bolsa paulista em 2009, o banco passou vários anos com rentabilidade bem inferior aos rivais, cenário que Rial prometeu mudar quando assumiu a presidência em setembro de 2015.

No quarto trimestre, a rentabilidade sobre o patrimônio do Santander Brasil foi de 18,3 por cento, próximo da faixa de 19 a 22 por cento de Bradesco e Itaú Unibanco.

O lucro do quarto trimestre cresceu 38,4 por cento no quarto trimestre sobre um ano antes, refletindo a redobrada aposta no rentável negócio do crédito ao consumidor, que tem crescido enquanto o país sai da recessão.

Liderada por segmentos como consignado (+36,7 por cento), cartão de crédito (+18,1 por cento) e automotivo (+20 por cento), a carteira de crédito ampliada do grupo cresceu 7,8 por cento em 2017, para 347,9 bilhões de reais. O Banco Central informou na segunda-feira que o estoque total de crédito no Brasil encolheu 0,6 por cento em 2017.

Segundo Rial, com o provável aumento da competição entre os grandes bancos pelo crédito, a tendência é que as margens com essas operações sejam pressionadas neste ano, mas isso será compensado em parte pelo aumento do volume de concessões e pela manutenção de baixos níveis de inadimplência, o que manterá controladas as despesas com provisões para calotes.

Às 13:33, a unit do Santander Brasil tinha alta de 2,95 por cento, a 36,70 reais. No mesmo instante, o Ibovespa subia 1,26 por cento.

Acompanhe tudo sobre:BancosSantanderVarejo

Mais de Negócios

Sentimentos em dados: como a IA pode ajudar a entender e atender clientes?

Como formar líderes orientados ao propósito

Em Nova York, um musical que já faturou R$ 1 bilhão é a chave para retomada da Broadway

Empreendedor produz 2,5 mil garrafas de vinho por ano na cidade

Mais na Exame